Em 2024, foram ofertadas capacitações em Libras básico, intermediário, avançado, conversação e intensivo.
O ciclo de capacitação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) ofertado pela Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (Ejud/TJAM) em 2024 foi encerrado nesta semana. Durante o ciclo, 153 pessoas foram certificadas, divididas em sete turmas, sendo que a última delas – de Libras Avançado – concluiu suas atividades na terça-feira (03/12). Desde o início da atual gestão da Ejud, que tem à frente o desembargador Cezar Luiz Bandieira, nove turmas concluíram a capacitação, que integra o compromisso da escola com o eixo Acessibilidade e Inclusão.
A formação reuniu servidores do TJAM, de outros órgãos do sistema de Justiça e de demais instituições parceiras das três esferas do Poder. A instrutora do curso foi Sheila Colares, pós-graduada em Libras pela Faculdade Educacional da Lapa (Fael), graduada em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professora pesquisadora no Curso de Atendimento Educacional Especializado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam).
Sheila é uma pessoa surda e atua como instrutora de Libras na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no Centro de Especialização Técnica do Amazonas (Cetam); e na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), além de ser servidora do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas há 13 anos.
O curso de Libras Avançado totalizou a carga horária de 40 horas aula. A avaliação final do curso consistiu em apresentações teatrais que encenaram situações de atendimento a pessoas surdas. Foram dramatizadas situações no sistema público de saúde, no Poder Judiciário e em atendimento a crianças em situação de vulnerabilidade.
Durante o encerramento, Sheila lembrou da importância da capacitação dos servidores. A professora destacou que, ainda hoje, para o atendimento de pessoas surdas no TJAM, ainda é necessário o agendamento prévio com intérpretes de Libras. “A língua de sinais é um importante meio para comunicação entre surdos e ouvintes. Importante também para inclusão social da comunidade, assim como elemento fundamental para acessibilidade”, frisou a instrutora.
Para o desembargador Cezar Bandiera, diretor da Ejud, o compromisso com o acesso à Justiça tem como ponto de grande relevância a atenção às diferentes particularidades no atendimento às pessoas. “É nossa responsabilidade garantir a capacitação dos servidores em todas as áreas, pois, como instituição, temos o dever de atender com excelência a todos que buscam os serviços do Judiciário, respeitando as peculiaridades sociais e individuais.”, salientou o magistrado.
#ParaTodosVerem: A fotografia que ilustra a matéria mostra a professora Sheila Colares em pé no centro da imagem sinalizando durante a aula para os alunos que estão sentados olhando em sua direção.
Texto e foto: Igor Braga | Ejud
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