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Estudo apoiado pelo Governo do Amazonas confirma eficiência do autocoletor Coari no diagnóstico do HPV

O Judiciário
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Há 3 horas
Por Agência Amazonas

O teste envolveu 268 mulheres do sistema fechado do Centro de Detenção Provisório Feminino

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FOTO: Acervo da pesquisadora Hilka FlaviaUm estudo apoiado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), via Programa de Apoio à Pesquisa – Universal Amazonas, confirmou que o dispositivo Coari usado como autocoletor é uma alternativa eficiente para o diagnóstico do Papilomavírus Humano (HPV) e prevenção do câncer de colo uterino. Os testes foram realizados em 268 mulheres, do sistema fechado, provisório, aberto e semiaberto do Centro de Detenção Provisório Feminino.

O projeto intitulado “Autocoleta e teste de DNA/HPV como método de rastreamento de câncer do colo uterino em mulheres privadas de liberdade no Estado”, utilizou o dispositivo autocoletor Coari, que permite que a própria mulher possa coletar o material para o exame.  

No período de junho de 2019 a setembro de 2020, o estudo também aplicou para o diagnóstico do HPV, o sistema automatizado COBAS, com a finalidade de analisar o impacto do rastreio de lesões precursoras de câncer. 

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A testagem também foi estendida às mulheres do complexo penitenciário com HPV positivo à colpocitologia (teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero), imunocitoquimica (exame que permite detecção de antígenos específicos e imunofenotipagem de tecidos ou agentes infecciosos), biopsia (procedimento pelo qual se retira um fragmento ou fragmentos de uma lesão ou a lesão inteira) com anatomopatológico (análise feita deste material no laboratório).  

O levantamento identificou que várias mulheres testadas tendem a fatores de risco para o HPV, das quais foram identificadas 66 mulheres com o vírus, sendo que nenhuma delas apresentou câncer de colo uterino. No entanto, tiveram mulheres que apresentaram lesões precursoras do câncer.   

Coordenado pela doutora Katia Luz Torres Silva, da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon),  e realizado pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Hilka Flavia Barra do Espírito Santos Alves Pereira, o projeto de autocoleta para detecção do DNA do vírus HPV é uma ferramenta simples para a população, que muitas vezes apresenta dificuldade para realizar o rastreio, possibilitando a identificação de pacientes de alto risco e definindo o tratamento precocemente, como explica Hilka Flávia Pereira, cujo o trabalho deu origem ao projeto apoiado pela Fapeam.  

“Permitir acesso a serviços de saúde a mulheres privadas de liberdade, vinculados ao sistema carcerário do Estado do Amazonas, não só pela oportunidade em si de realização de exames de rastreio para lesões precursoras, mas pela formalização da parceria com o sistema carcerário do Amazonas, passou a estabelecer rotinas de acesso a estes exames,  principalmente na perspectiva de implantação da modalidade de autocoleta seguida de triagem molecular do HPV a todas as mulheres nesta condição”, concluiu a pesquisadora. 

Prioridade – A saúde da mulher está entre as prioridades do Governo do Estado, principalmente no diz respeito à prevenção de doenças como o câncer de colo uterino e, além de investir em pesquisas de prevenção e combate à doença, por determinação do governador Wilson Lima, foram iniciadas as obras, no dia 20 de março, do Centro Avançado de Prevenção do Câncer do Colo do Útero, anexo à Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), onde serão realizadas conizações, que são pequenas cirurgias que tratam lesões pré-malignas no colo do útero, evitando que o câncer se desenvolva. 

Números – O Amazonas lidera os índices de casos de câncer do colo uterino em todo o Brasil. Somente em 2022, 700 mulheres amazonenses devem ser diagnosticadas com a neoplasia. No Brasil, a taxa bruta ajustada (aquela para cada grupo de 100 mil mulheres) fica em 15,38, no Amazonas, o número sobe para 40,18, segundo dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

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