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Frente em Defesa da Indústria Naval enviará relatório ao Executivo para impulsionar investimentos em estaleiros

Portal O Judiciário Redação

21/08/2023 – 14:37  

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Divulgação/Jorge Solla

Visita técnica foi realizada na sexta-feira (18)

A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Naval deverá produzir, até o final do ano, um relatório para o governo federal retomar os investimentos no setor, que já chegou a gerar cerca de 100 mil empregos diretos no País, mas hoje opera abaixo da capacidade.

Nesta sexta-feira (18), parlamentares da Frente e da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados fizeram, a pedido do deputado Jorge Solla (PT-BA), visita técnica ao Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe (BA), região do Recôncavo. O estaleiro teve sua atividades paralisadas e entrou em recuperação judicial em outubro de 2019.

Segundo Solla, no auge das operações, o Enseada chegou a gerar mais de 7.500 empregos diretos, número que caiu para 50 postos a partir de 2014, após a maior cliente, a Sete Brasil – composta pela Petrobrás – suspender as encomendas depois de afetada no âmbito da operação Lava Jato.

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A estagnação econômica afetou diversos municípios do Recôncavo Baiano, região que chegou a registrar a abertura de cerca de 7 mil empresas em razão das atividades do estaleiro, em setores como alimentação, transporte e hospedagem. Solla disse estar otimista com o anúncio do novo PAC, que prevê R$ 300 bilhões para a Petrobras, principal cliente do setor naval no País. “E, para isso, vai precisar de plataformas e navios, que serão equipamentos produzidos no Enseada e demais estaleiros”, prevê.

Também participaram da visita os deputados Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), que preside a Frente, Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Paulo Magalhães (PSD-BA), deputados estaduais, auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), representante do Ministério de Portos e Aeroportos, prefeitos, vereadores e entidades de classe ligadas ao setor naval.

Segundo Lindenmeyer, a Frente atuará na revisão da legislação para dar maior segurança jurídica à indústria naval, “para que ela seja perene e não fique sujeita apenas a políticas de governo, mas de Estado, com projetos duradouros”.

Da Redação – RL

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