Há 2 horas
Por Agência Amazonas
O programa REDS IV é uma cooperação entre o Brasil e os Estados Unidos, no qual o Hemoam participa desde 2019
Pesquisadoras apresentaram os estudos e projetos do programa em palestra no auditório do Hemoam – FOTO: Arquivo/HemoamNesta quarta-feira (25), pesquisadoras do Programa Internacional REDS-IV-P – Brasil (Retrovirus Epidemiology Donor Study), apresentaram os projetos sobre segurança transfusional e de pacientes com doença falciforme, no auditório da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam). Também realizaram treinamento para as próximas etapas dos projetos.
As palestras foram apresentadas pela dra. Renata Buccheri, coordenadora REDs de San Francisco – Califórnia, e pela MSc. Carolina Miranda, coordenadora do REDs Fundação Hemominas – MG. O coordenador do REDS na Fundação Hemoam, dr. Nelson Fraiji, também participou do evento.
O objetivo do programa é avaliar e melhorar a segurança das terapias transfusionais, com atenção não apenas nos adultos, mas também em recém-nascidos e crianças que necessitam de transfusão.
“A ideia do Programa REDS é montar uma rede de Hemocentros. E ter um hemocentro no Norte do país é extremamente importante porque o ganho é enorme. No Amazonas existem doenças que não vamos encontrar em São Paulo, por exemplo. A epidemiologia é diferente por causa da diferença geográfica e sem dúvida participar de um programa internacional que expande ensino, pesquisa é fundamental”, avaliou a dra. Renata Buccheri.
Fundação Hemoam recebe pesquisadoras do programa REDs – FOTO: Arquivo/HemoamO encontro no Hemoam foi aberto aos servidores com o intuito de incentivar os servidores e professores do Programa de Pós Graduação em Ciências Aplicadas à Hematologia (PPGH/Hemoam/UEA) a participarem dos processos de pesquisa científica. O próximo passo foi realizar o treinamento de funcionários para outras etapas dos estudos.
Estudos
O Programa REDS é gerenciado pelo Instituto Nacional de Saúde, instituição dos Estados Unidos. A pesquisa realizada nos EUA, no Brasil e em outros países se concentra na segurança de hemocomponentes por meio da realização de estudos epidemiológicos, de pesquisa e de laboratório.
O programa reúne base de dados de doadores de sangue e de pacientes. Um dos protocolos que teve a participação do Hemoam avaliou a prevalência de HIV, Sífilis, HTLV e Doença de Chagas em amostras de sangue dos doadores. Os dados já foram enviados para os EUA para conclusão do estudo.
Outro protocolo estuda a prevalência de Zika, Chikungunya e Dengue e está em fase de coleta de amostras. Entre os protocolos que analisam os pacientes, estão os pacientes com doença falciforme que fazem transfusão rotineiramente. Esse estudo tem como objetivo avançar na pesquisa de medicina de transfusão e ainda avaliar como fatores genéticos dos doadores de sangue impactam nos receptores de sangue.