Laboratório Forense de Análises de Substâncias e Compostos emitiu cerca de 5 mil laudos periciais em 2024

Portal O Judiciário Redação

Os números são distribuídos entre os laboratórios de Entorpecentes, Toxicologia e Química Forense

Foto: Victor Levy/SSP-AM

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio do Instituto de Criminalística Lorena dos Santos Baptista (IC-LSB), vinculado ao Departamento Técnico-Científico (DPTC), emitiu em 2024, mais de 5 mil laudos periciais pelo Laboratório Forense de Análises de Substâncias e Compostos (Lafasc). Os documentos colaboraram na elucidação de casos relacionados a crimes de tráfico de drogas, envenenamentos, homicídios, entre outros.

O núcleo do Lafasc é composto por três laboratórios, responsáveis pela identificação de entorpecentes, análise de substâncias envolvidas em crimes e detecção de compostos em materiais biológicos. O Lafasc possui 14 peritos criminais, distribuídos entre os laboratórios de Entorpecentes, Toxicologia e Química Forense.

Foto: Victor Levy/SSP-AM

Toxicologia Forense

O laboratório é responsável por analisar material biológico tanto em pessoas vivas quanto após o óbito. Realizando a identificação de substâncias como droga, álcool, medicamentos, venenos ou suspeita de intoxicação alimentar.

A coleta dos materiais é realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) por meio da intervenção do médico legista quando há suspeita de um possível crime ou pelos peritos do setor no local do crime. Os materiais coletados incluem sangue, urina, fígado, rins, estômago e humor aquoso, fluido localizado entre a córnea e o olho.

Química Forense

Laboratório dedicado a realizar análises em substâncias ilícitas envolvidas em crimes. Os peritos do setor são responsáveis por identificar os materiais como combustíveis, adulteração em fármacos e bebidas alcoólicas, entre outros compostos e substâncias de formulação química.

A perita criminal do setor do Laboratório de Toxicologia e Química Forense, Cacilda Satomi, explica quais são os tipos de venenos mais comuns encontrados. “Identificamos alguns venenos, como organofosforados, sendo o mais comum o terbufós, já encontramos em alimentos processados. O terbufós é encontrado no chumbinho”, concluiu a servidora.

Além disso, o Lafasc conta com o setor responsável pela identificação de drogas, o Laboratório de Entorpecentes onde são realizados exames preliminares e definitivos comprovando a presença de substâncias ilícitas.

Foto: Victor Levy/SSP-AM

Equipamento

A servidora Cacilda Satomi destaca o equipamento utilizado nos laboratórios de toxicologia e química forense na análise dos materiais coletados.

“Realizamos testes preliminares, que são testes rápidos. Mas o confirmatório é feito no laboratório, no equipamento utilizado na toxicologia e da química forense, que é o cromatógrafo gasoso. É onde conseguimos analisar todos os materiais, tanto os medicamentos como os venenos e alguns entorpecentes”, ressalta a perita criminal.

O Cromatógrafo Gasoso (CG) é um equipamento utilizado pelos peritos do Lafasc no auxílio de identificação de substâncias tóxicas, químicas e entorpecentes, através da alta sensibilidade permite a identificação com precisão de compostos em concentrações muito baixas.

Já no setor de entorpecentes, para confirmar o indicativo do teste preliminar da cocaína ou em outras drogas, é utilizado o Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Uma das principais vantagens desse método é que ele não destroi a amostra durante a análise, possibilitando seu reaproveitamento para outros estudos ou testes.

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