A tragédia que atinge o Rio Grande do Sul, com 107 mortos e 1,4 milhão de pessoas afetadas, serve como alerta para o que pode acontecer no Amazonas caso as previsões de estiagem deste ano se confirmem. Diante dessa situação, o deputado estadual Roberto Cidade, presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), reforça a importância da Lei nº 6.528/2023, que estabelece diretrizes para a elaboração de planos de adaptação às mudanças climáticas no Estado. O objetivo da Lei é implementar medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social e econômico diante dos efeitos das chuvas, cheias e vazantes dos rios amazônicos.
O deputado ressalta que é preciso estar atento à situação do Rio Grande do Sul e que o governador Wilson Lima já está tomando medidas para enfrentar a estiagem, inclusive apresentando suas preocupações ao Governo Federal. Ele também destaca a importância da Lei de sua autoria, que busca alinhar ações para minimizar os efeitos das mudanças climáticas no Amazonas. A Lei prevê a integração entre as estratégias de mitigação e adaptação nos âmbitos municipal e estadual, além de monitorar e revisar o plano a cada cinco anos.
O Governo do Amazonas já realizou uma reunião para discutir estratégias de enfrentamento à estiagem prevista para este ano, considerando que a seca de 2024 pode ser tão severa quanto a ocorrida em 2023. O objetivo é elaborar um plano de trabalho antecipado para minimizar os impactos da estiagem na atividade econômica e ambiental, incluindo o combate ao desmatamento e às queimadas. Os níveis dos rios em todo o estado estão abaixo do esperado para o período, o que já causou uma estiagem intensa em 2023, deixando vários municípios em situação de emergência e isolados.