- Criado: Sexta, 13 Dezembro 2024 12:33
Instituições de Amaturá, Humaitá e Novo Airão foram certificadas com mais de 80% de índice vacinal de seus alunos
Dando continuidade à etapa de certificação que condecora escolas municipais e estaduais por seus excelentes desempenhos na promoção da vacinação infantojuvenil, o Ministério Público do Estado do Amazonas, por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção e Defesa dos Direitos Constitucionais do Cidadão (CAO-PDC) e da Criança e Juventude (CAO-IJ), entregou o selo “Juntos Pela Vida 2024” a instituições de ensino dos municípios de Humaitá, Novo Airão e Amaturá.
O projeto, coordenado pela procuradora de Justiça Delisa Olívia Vieiralves Ferreira, titular do CAO-PDC, e pela promotora de Justiça Romina Carvalho, titular do CAO-IJ, visa garantir o combate à evasão escolar e o direito à saúde e à vida de crianças e adolescentes, por meio da entrega dos selos, que certificam os centros de ensino que atingirem ou superarem o percentual de 80% de cobertura vacinal, conforme a recomendação do Plano Nacional de Imunização (PNI) e do Programa Saúde na Escola (PSE), ambos instituídos pelo Ministério da Saúde.
A Escola Estadual Danilo Mattos Areosa, localizada em Novo Airão, atingiu índice de 83%, enquanto a Escola Municipal Indígena São Francisco, localizada em Amaturá, superou 90%. Em Humaitá, a comemoração foi em dobro: a Escola Estadual Indígena Kwatijariga, na comunidade Parintintin da Aldeia Traíra, teve 97,82% dos alunos vacinados, enquanto a Escola Estadual Indígena Tupajakui, da comunidade Tenharin da Aldeia Marmelo, conquistou 100%
Uma cerimônia conjunta foi realizada para a premiação das duas primeiras escolas humaitaenses alcançadas pelo “Juntos Pela Vida”. Após o evento, o promotor de Justiça Sylvio Duque Estrada declarou que “a recepção da comunidade foi excelente, com todos muito alegres com a visita do Ministério Público”. “Na ocasião também ouvimos as necessidades externadas pelo cacique da comunidade e realizamos uma inspeção, tanto na Escola Kwatijariga, quanto na Escola Municipal 9 de Janeiro, localizadas na aldeia”, concluiu o promotor.
Amaturá e Novo Airão
Em Amaturá, a promotora de Justiça Suelen Shirley Rodrigues da Silva Oliveira se mostrou satisfeita com a participação da Escola Municipal Indígena São Francisco. A cerimônia de entrega do selo, realizada na última quarta-feira (11/12), ainda contou com uma palestra em parceria com o Conselho Tutelar de Amaturá sobre o combate ao assédio e à violência sexual infantojuvenil.
“Participar deste projeto permitiu vivenciar a experiência de sair dos limites da zona urbana e conhecer a realidade vivenciada pela população indígena da etnia Tikuna, que reside na Comunidade São Francisco de Canimari, em Amaturá. Isso também permitiu a aproximação do Ministério Público da comunidade, notadamente formada por indígenas e ribeirinhos, que se sentiu prestigiada por, enfim, ter recebido a visita de representantes de um órgão essencial à Justiça, além de termos estabelecido um canal de comunicação com as lideranças para viabilizar a tutela de direitos eventualmente violados”, exaltou a promotora.
Já para o promotor de Justiça João Ribeiro Guimarães Netto, a participação na execução do projeto foi uma experiência ímpar, em que a promotoria pôde unir os segmentos da saúde e da comunidade escolar — como gestor, professores, pais e, principalmente, os alunos, que participaram do projeto com bastante entusiasmo.
“Este selo não é apenas um prêmio, mas um símbolo de compromisso com a saúde, a vida e o bem-estar de todos. Alcançar mais de 80% de vacinação entre os alunos é uma conquista admirável e um exemplo para outras instituições e para toda a sociedade de Novo Airão, porque a vacinação salva vidas. Ela não protege apenas quem recebe a dose, mas também toda a comunidade. Cada aluno vacinado representa um ato de cuidado com os colegas, professores, familiares e todos ao redor”, comentou.
Sucesso em 2024
Neste ano, o “Juntos pela Vida” contou com um salto de 62 selos entregues em 2023 para mais de 130 em 2024, entre escolas estaduais, municipais e unidades socioeducativas. No interior, o projeto mobilizou instituições de Amaturá, Anamã, Benjamin Constant, Boa Vista dos Ramos, Eirunepé, Humaitá, Novo Airão, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tonantins e Urucará.
Além do CAO-PDC e do CAO-IJ, o projeto conta com uma rede de apoio interinstitucional do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do MPAM, em conjunto com parceiros institucionais, como as Secretarias Municipais de Saúde (Semsa) e Educação (Semed) e Estaduais de Educação e Desporto (Seduc) e de Saúde (SES-AM), além da Fundação de Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-AM).
Texto: Ramon Oliveira, Lennon Costa e Steven ConteFoto: Divulgação