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Parlamentares da Assembleia Legislativa destacam representatividade da obra de Márcio Souza e lamentam sua partida

Um dos maiores nomes da arte no país, o romancista, dramaturgo, ensaísta, contista e diretor de cinema, Márcio Souza, morreu, aos 78 anos, na madrugada desta segunda-feira (12/8), em Manaus.

O amazonense, autor de inúmeras obras que mostram a história da formação sociocultural da Amazônia, se destacou na busca por desvendar esta região para o país.

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Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) lamentaram o falecimento e também destacaram o legado de Márcio Souza à cultura do país e enfatizaram a importância de sua obra.

“Homem das artes, Márcio Souza nos deixa uma inestimável produção literária, artística e cultural. Culto, descreveu como poucos a essência humana e regional. Suas obras e seu legado o eternizam. A ele nosso reconhecimento e reverência. Aos familiares e amigos nossa solidariedade”, resumiu o presidente da Aleam, deputado estadual Roberto Cidade (UB).

Durante Sessão Especial, nesta segunda-feira, o deputado Sinésio Campos (PT) solicitou um minuto de silêncio pelo falecimento do dramaturgo. “Um grande nome da cultura, que merece todas as homenagens”, disse.

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O presidente da Comissão de Cultura da Aleam, deputado Abdala Fraxe (Avante), avaliou que os povos da Amazônia perderam um dos seus grandes nomes.

“Márcio Souza eternizou partes importantes da nossa história e cultura em suas obras, que hoje ficam como legado às futuras gerações. Que Deus o receba em sua morada e conforte os corações dos seus familiares”, exaltou.

O deputado Rozenha (PMB) avaliou que esta segunda-feira é um dia triste à cultura e literatura do Amazonas e à história do povo amazonense.

“Márcio Souza foi um dos maiores escritores que esta terra já teve. Tive a sorte e o merecimento de tê-lo conhecido quando estive vereador. Na ocasião, aprovamos o Conselho de Cultura e ele foi o presidente escolhido. Márcio deixa um legado imenso com obras inesquecíveis. Levou o nome do Amazonas a todo Brasil com sua literatura e com seu texto magnífico”, avaliou.

O legado de suas obras literárias, que representam a nossa gente, a nossa história e a nossa região foi exaltado pelo deputado Adjtuto Afonso (UB), que evidenciou, ainda, a representatividade em nível nacional destacando o Amazonas. “Que Deus o receba e conforte a família e amigos. Estamos todos de luto”, disse.

Para o deputado Felipe Souza (PRD), a partida de Márcio Souza causa tristeza ao mundo cultural do país e destacou que sua obra tem um valor inestimável à cultura brasileira.

“Com profunda tristeza, nos despedimos de Márcio Souza, um dos maiores escritores do país. Sua obra, rica em história e cultura, deixou um legado inestimável à literatura brasileira. Que seu espírito criativo continue a inspirar futuras gerações”, destacou.

Uma perda para a literatura brasileira, teatro e jornalismo, é como define o deputado João Luiz (Republicanos) sobre o falecimento do intelectual amazonense.

“É com imenso pesar que recebemos a informação do falecimento do jornalista, escritor e dramaturgo Márcio Souza, nome importante à cultura do Amazonas e do nosso país”, expôs o deputado João Luiz.

Da mesma forma, o deputado Comandante Dan (Podemos) disse que a partida de Márcio Souza abre uma lacuna no pensamento amazonense.

“Ele foi capaz de interpretar nossas realidades como ninguém e as transmitir aos nossos cidadãos e ao mundo de uma forma muito significativa. Que ele descanse em paz e que sua memória e obra sejam honradas”, falou.

O deputado Cristiano D`Angelo (MDB) enfatizou a herança cultural de Márcio Souza, que enriqueceu segundo ele, a cultura do Amazonas e do Brasil.

”Sua obra, marcada pela genialidade e pelo amor à nossa terra, continuará a inspirar e emocionar. Nos solidarizamos com familiares e amigos. Que encontrem conforto nas memórias e no legado de um homem que dedicou sua vida às artes e à cultura”, resumiu.

História

Nascido em Manaus em 1946, estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Márcio lançou seu primeiro livro, “O mostrador de sombras”, aos 18 anos, mas foi somente com o sucesso de “Galvez, o Imperador do Acre” (1976) que abraçou a literatura como profissão.

Uma de suas influências foi o grande escritor Machado de Assis. Ele escreveu “Ajuricaba – O Caudilho das Selvas”; “A Caligrafia de Deus”; “A Expressão Amazonense” e “Mad Maria”, que inspirou a criação da minissérie de mesmo nome, produzida pela Rede Globo.

Márcio Souza também teve destaque como cineasta e dirigiu o filme “A Selva”. Ele foi, ainda, professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth, além de ter sido diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte.

A peça “As Folias do Látex”, um dos textos clássicos do teatro amazonense, que marcou a história do Grupo de Teatro Experimental do Sesc (TESC), nos anos 60, tem texto de Márcio Souza.

Atualmente, atuava como diretor da Biblioteca Pública do Amazonas e ocupava a cadeira de nº 25 da Academia Amazonense de Letras.

 

         

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