que apontam que, em 2020, as mulheres representaram 33,6% dos candidatos nas eleições municipais, um aumento de 7% em relação a 2016.
Há 92 anos, o Código Eleitoral foi instituído pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto nº 21.076, em 24 de fevereiro de 1932, permitindo que as mulheres pudessem escolher seus representantes de forma facultativa. Essa foi uma conquista importante para as mulheres, que até então não tinham o direito ao voto, exclusivo dos homens. Em 1934, o voto feminino foi incorporado à Constituição brasileira, sendo opcional até 1965, quando se tornou obrigatório e equiparado ao dos homens, permitindo que as mulheres pudessem votar e serem votadas. O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Roberto Cidade (União Brasil), ressaltou a relevância dessa conquista para a democracia brasileira. “Há menos de um século, as mulheres conquistaram o direito ao voto. Hoje, elas representam a maior parcela do eleitorado brasileiro, contribuindo significativamente para a democracia no país. É importante que sempre lembremos e celebremos essa conquista, pois é através dela que fortalecemos nosso país, nossas instituições e garantimos um futuro mais próspero para o nosso povo. Parabéns, mulheres. Esse é o seu direito e nosso dever”, disse. A data também é comemorada pelas deputadas estaduais do Amazonas, que pela primeira vez na história, contam com cinco mulheres eleitas diretamente pelo povo. A deputada Alessandra Campêlo (Podemos), a parlamentar mais experiente da Assembleia, com três mandatos consecutivos, destaca os avanços que a data representa para os direitos das mulheres. “É uma data que deve ser sempre lembrada, para que possamos entender o quanto ainda estamos atrasados como país em relação aos direitos das mulheres. A conquista do voto feminino no Brasil, que completa 92 anos neste sábado (24/2), nos deu voz e o direito de escolher nossos representantes, de apontar quem queremos como porta-vozes das questões que afetam nosso dia a dia, como saúde, creches para nossos filhos, valorização no mercado de trabalho, combate à violência doméstica e sexual, e dignidade menstrual. São temas que hoje são relevantes porque conquistamos o direito ao voto, senão estaríamos silenciadas. É um momento de celebrar as conquistas, mas também de refletir, sabendo que a luta das mulheres é constante”, reforçou. A deputada Mayara Pinheiro (Republicanos) destacou a força que o eleitorado feminino tem nas mãos, por ser a maioria da população votante no Brasil. “Somos a maioria do eleitorado brasileiro e precisamos entender o poder que temos nas mãos. Uma maior participação das mulheres na política fortalece a luta pelos nossos direitos perante a sociedade. Tão importante quanto o direito de votar é a consciência de que precisamos nos unir para conquistar cada vez mais o nosso espaço”, afirmou. No mesmo sentido, a deputada Débora Menezes (PL) destacou os avanços na representatividade das mulheres nos últimos anos. A parlamentar ressaltou os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que mostram que, em 2020, as mulheres representaram 33,6% dos candidatos nas eleições municipais, um aumento de 7% em relação a 2016.