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Por Agência Amazonas
Os dados apontam aumento de 10,50% em prisões, e 20,61% no número de Inquéritos Policiais encaminhados à Justiça
FOTO: Mayara Viana/PC-AMCom um intenso trabalho no combate à criminalidade voltado para a elucidação dos delitos, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) destaca um aumento de 10,50% no número de prisões, e 20,61% de Inquéritos Policiais (IPs) remetidos à Justiça pelo crime de homicídio, de janeiro a novembro deste ano, comparado ao ano de 2020.
Dados da Divisão de Recebimento, Análise e Distribuição de Inquéritos (Drad) da PC-AM, apontam que foram contabilizadas 326 prisões pelo crime em 2021, sendo 148 prisões pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e 178 pelas demais delegacias da capital e do interior do Estado. No ano passado, foram realizadas 295.
O número de Inquéritos Policiais (IPs) remetidos à Justiça, em 2021, também teve um saldo superior, sendo contabilizados 708, dos quais 504 pela DEHS, e 167 pelas demais delegacias. No ano de 2020, foram 587 ao todo.
Conforme o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, as equipes policiais realizam operações e diligências diariamente, na tentativa de elucidar crimes e prender os suspeitos de homicídios no Amazonas, aliando as investigações dos casos já em andamento com os que são registrados atualmente pela Especializada.
“A Polícia Civil como um todo está empenhada para solucionar esses crimes. As equipes unem esforços para chegar a autoria e dar uma resposta positiva à população, por isso estamos nas ruas, e esse saldo de prisões mostram um trabalho efetivo que vem sendo realizado pela instituição”, destacou Cunha.
Motivações – A autoridade policial esclarece que as principais motivações para este crime são as guerras pelo tráfico de drogas, provenientes das organizações criminosas que atuam na capital. Segundo ele, com essas rivalidades, as pessoas que geralmente estão envolvidas com determinados crimes, acabam morrendo em decorrência desse envolvimento.
“As zonas norte e leste são as que mais registram casos de homicídios, pelo fato das organizações comandarem essas áreas, pelo fato de também serem áreas mais carentes, o que acaba dando abertura para que o crime tenha domínio”, comentou Ricardo Cunha.
O titular da DEHS também ressalta que os mandantes dos homicídios geralmente são chefes de organizações criminosas com alto poder aquisitivo nas áreas mencionadas. Segundo ele, em posse desse poder, os criminosos contratam, por um determinado valor, terceiros para executar o crime por eles.
Casos de grande repercussão – No dia 3 novembro deste ano, as equipes da DEHS deflagraram a Operação Die Defunctorum, que resultou na prisão de Deyves de Jesus Ramos, 19, apontado como um dos maiores pistoleiros de uma organização criminosa que atua no Amazonas.
Em continuidade aos trabalhos, no dia 8 de novembro, as equipes prenderam Diego da Silva e Silva, 29, conhecido como ‘Shrek’, pelo envolvimento no duplo homicídio dos gêmeos Rômulo Paulo Cabral e Rodrigo Paulo Cabral. Ainda em novembro, no dia 22, foi preso Silas Ferreira da Silva, 26, pela autoria da morte do sargento do Exército Brasileiro (EB) Lucas Ramon Guimarães, que tinha 29 anos, ocorrida no dia 1º de setembro, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul de Manaus.
Denúncias – A DEHS possui um canal de comunicação com a população, por meio do número (92) 99292-1015, onde as denúncias podem ser efetuadas, além do 181, disque-denúncia da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do informante sempre será preservada”, garantiu o delegado.
As denúncias também podem ser formalizadas presencialmente na DEHS, que está situada na avenida Autaz Mirim, bairro Jorge Teixeira, zona leste da capital.
MATERIAL EM VÍDEO
Conteúdo: Sonora do delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS.
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