Pleno do TJAM concede segurança a Sindicato dos Peritos Oficiais para promoção relativa a 2016

O Judiciário
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Em setembro deste ano, plenário decidiu pela inconstitucionalidade de trecho de lei de 2019 que vedava promoções e progressões funcionais.


O Pleno do Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, pela concessão de segurança pleiteada pelo Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Amazonas para a promoção relativa ao ano de 2016 de servidores habilitados, por estar comprovado o direito líquido e certo dos representados pela entidade.

A decisão data desta quinta-feira (27/10), na sessão extraordinária realizada de forma híbrida, no Plenário Ataliba David Antonio e também virtualmente, no processo n.º 4004017-57.2022.8.04.0000, de relatoria da desembargadora Nélia Caminha Jorge, em sintonia com o parecer do Ministério Público.

Segundo a entidade impetrante, houve o reconhecimento administrativo do direito dos impetrantes à progressão funcional, conforme Boletim Interno de Comunicação n.º 02-E/2022, em que os nomes constam do Quadro de Acesso, e a Portaria n.º 766/2021 da Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado do Amazonas, responsável por iniciar o processo de progressão funcional.

Em contestação, o Estado do Amazonas argumentou a inexistência de direito líquido e certo; as proibições previstas na Lei Complementar n.º 198/2019 e a inconstitucionalidade do artigo 110, parágrafo 4.°, da Constituição Estadual do Amazonas; entre outros aspectos.

Em relação à Lei, o plenário do TJAM declarou em 21/09/2022 a inconstitucionalidade do artigo 2.º, da Lei Complementar n.º 198/2019, no que diz respeito às promoções e progressões funcionais dos servidores do Estado do Amazonas, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 4003631-32.2019.8.04.0000.

O texto declarado inconstitucional viola o disposto no artigo 110, parágrafo 3.º, inciso II, e parágrafo 4.º, da Constituição Estadual. Esse último parágrafo estabelece que o servidor público será promovido obedecendo ao interstício máximo de dois anos, observando os critérios de antiguidade e merecimento, alternativamente.

Em seu parecer, o procurador Nicolau Libório Santos Filho destacou, ainda, o julgamento do Tema Repetitivo n.° 1.075, em que o Superior Tribunal de Justiça decidiu o Recurso Especial n.° 1878849/TO, que serviu como paradigma para o recurso repetitivo, “salientando que é ilegal o ato de não concessão de progressão funcional de servidor público, quando atendidos todos os requisitos legais, a despeito de superados os limites orçamentários previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, referentes a gastos com o ente público”.

O parecer ressalta que a progressão é direito subjetivo do servidor público, para o qual não há vedação expressa na Lei Complementar n.º 101/2000, concluindo, então, que “a promoção é ato vinculado e não está sujeito à discricionariedade da Administração Pública”.

#PraTodosVerem – a foto que ilustra a matéria mostra uma visão geral do Plenário do TJAM durante a sessão desta quinta-feira. Algumas pessoas estão sentadas na plateia, enquanto os membros do colegiado ocupam suas cadeiras na bancada ao centro do recinto. Ao fundo, o presidente da Corte, des. Flávio Pascarelli conduz os trabalhos.  

Patrícia Ruon Stachon

Foto: Chico Batata

Revisão gramatical: Joyce Tino

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

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