Poder Judiciário do Amazonas e Seduc celebram Acordo de Cooperação Técnica para levar Justiça Restaurativa às escolas estaduais

 

Parceria institucional permitirá ampliar as ações de implantação da Justiça Restaurativa, inclusive, para escolas dos municípios do interior do Estado.

 

Tribunal de Justiça do Amazonas e a Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar (Seduc) assinaram nesta terça-feira (02/04) o Acordo de Cooperação Técnica n.º 21/2024 visando à sensibilização e capacitação de profissionais da rede estadual de ensino em Justiça Restaurativa e apoio à disseminação da cultura da paz e de práticas restaurativas nas escolas estaduais. A assinatura do ACT contou com a presença da presidente do TJAM, desembargadora Nélia Caminha Jorge; da secretária titular da Seduc, Arlete Ferreira Mendonça; e do coordenador da Central de Justiça Restaurativa do Tribunal, juiz de Direito Luís Cláudio Cabral Chaves. 

O objetivo da capacitação é oferecer subsídios aos professores e gestores das escolas estaduais e assessores das coordenadorias distritais para aplicarem práticas de Justiça Restaurativa no ambiente escolar, envolvendo toda a comunidade, famílias, alunos e as pessoas que trabalham no espaço, garantindo uma inserção social mais solidária e cidadã. Além da resolução de conflitos, a Justiça Restaurativa ajuda os jovens a ter mais empatia e a redescobrir a autoestima, melhorando suas relações interpessoais.

Os cursos terão carga horária de 44 horas, distribuídas entre atividades teóricas (4 horas-aula/cada) e práticas (40 horas-aula/cada), e serão ministrados por servidores do Tribunal de Justiça do Amazonas, com formação em Justiça Restaurativa. 

À Seduc, caberá oferecer espaço físico para a capacitação e disponibilizar a Central de Mídias do Estado do Amazonas quando necessário.

Para a presidente do TJAM, com a celebração do acordo, o Tribunal dá mais um importante passo para a concretização da Política Judiciária de Justiça Restaurativa no Amazonas.

“A parceria com a Seduc estenderá a todo o nosso Estado o alcance das práticas restaurativas e, consequentemente, a difusão da cultura de paz”, disse a desembargadora Nélia Caminha.

De acordo com a secretária da Seduc, Arlete Ferreira Mendonça, nesse primeiro momento a expectativa é que em torno de 600 servidores das coordenadorias distritais da capital e do interior sejam capacitados e se tornem multiplicadores do Justiça Restaurativa nas escolas estaduais.

“Que possamos, a cada dia, implementar políticas que viabilizem um trabalho de maneira a atingir positivamente a vida dos nossos estudantes. A partir do momento em que essa capacitação for realizada, esses servidores vão implementar as ações da Justiça Restaurativa nas escolas e unidades da capital e do interior do Estado, e isso com certeza vai estabelecer um melhor rendimento na Educação dos nossos estudantes, que é esse o papel principal”, comentou Arlete Ferreira.

Fonte de esperança

Em 5 de abril de 2023, TJAM e Secretaria Municipal de Educação (Semed) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica similar e que encontra-se em execução junto à rede municipal de ensino e, diante do sucesso obtido, entende-se como imprescindível que a rede estadual de ensino também fosse alcançada por essa fonte de esperança nestes tempos de crescente violência escolar, explica o coordenador da Central de Justiça Restaurativa, juiz Luís Cláudio Cabral Chaves. O magistrado destaca a importância da interiorização da Justiça Restaurativa.

“Estamos levando a cultura de paz para as escolas e nos antecipando aos problemas. A questão mais significativa no dia de hoje é que nós vamos ter a oportunidade de participar da implementação dessa política, mas interiorizando. Esse convênio com a Seduc vai nos permitir chegar às escolas estaduais principalmente do interior do Estado. 

Conforme o magistrado a proposta é que o trabalho comece nos dez maiores municípios do Amazonas de maneira presencial. “Formaremos esse time de técnicos, de professores da Seduc voluntários que queiram receber a formação. E também poderemos, via Central de Mídias do Governo, fazer as capacitações à distância, nos demais municípios, porque as dimensões do nosso Estado não permitem condições para chegarmos fisicamente, simultaneamente, em todos os municípios”, explicou Luís Cláudio. 

“Cultura de paz”

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como ato de reconhecimento da importância das práticas restaurativas nas escolas, declarou 2023 como o “Ano da Justiça Restaurativa na Educação”, a fim de promover a cultura de paz no ambiente escolar e reduzir os conflitos tanto nas escolas quanto nas comunidades em que estão inseridas.  

A Justiça Restaurativa devolve à comunidade o protagonismo na resolução de seus próprios conflitos e empodera as pessoas a lidarem com seus problemas de forma segura e eficaz. Na Educação, ela tem como objetivos cultivar relacionamentos saudáveis; criar ambientes de aprendizado justos e equitativos;  reparar danos e transformar conflitos a partir do princípio de que todas as pessoas têm valor e são relacionais. E, além disso, tem como valores centrais: respeito, dignidade e cuidado mútuo. 

 

 

Paulo André Nunes

Fotos: Chico Batata

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM

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