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Prefeitura realiza capacitação sobre hanseníase para 1.210 agentes comunitários de saúde

O Judiciário
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 Para aprimorar a qualificação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam na Atenção Primária, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou nesta sexta-feira, 10/12, uma capacitação em hanseníase direcionada para 1.210 servidores.

 

A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, enfermeira Ingrid Simone Alves dos Santos, explicou que a capacitação tem uma carga de quatro horas e o grupo de 1.210 profissionais foi organizado em 10 turmas, de acordo com a programação dos Distritos de Saúde (Disas)  Norte, Sul, Leste, Oeste e Rural.

“O objetivo é oferecer uma atualização sobre hanseníase, orientando para a importância dos ACSs para a busca ativa de casos suspeitos, e já mobilizar os profissionais para a intensificação das ações que vão ocorrer no “Janeiro Roxo”, durante a campanha anual de conscientização para o combate à hanseníase”, informou Ingrid, lembrando que Manaus registrou este ano um total de 85 novos casos confirmados de hanseníase, sendo seis diagnosticados em crianças.

A capacitação será finalizada na próxima segunda-feira, 13, com novas turmas, de 8h às 12h e das 13h às 17h, nos auditórios da Prefeitura de Manaus, bairro Compensa, zona Oeste; da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no bairro Cachoeirinha, zona Sul; e da Unidade do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), no bairro Cidade Nova, zona Oeste.

O conteúdo programático inclui: o conceito de hanseníase; causas da doença; formas de transmissão; identificação de casos suspeitos; tratamento e cura; a identificação de contatos de pacientes com hanseníase; a importância dos exames dos contatos intradomiciliares; e orientações sobre como o ACS pode atuar na busca ativa de casos suspeitos da doença nas comunidades.

“Os ACSs atuam de forma muito próxima da comunidade, integrados à Estratégia Saúde da Família, e têm um papel importante na identificação de agravos. Com a capacitação, a intenção é reforçar esse trabalho com direcionamento à prevenção e diagnóstico precoce de casos de hanseníase. Eles poderão intensificar o trabalho de educação em saúde sobre sinais e sintomas, orientar sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce para que a doença não cause sequelas irreversíveis, verificar se os contatos intradomiciliares do paciente com hanseníase foram examinados e se estão em acompanhamento, além de identificar os casos suspeitos e encaminhar para o atendimento em uma Unidade de Saúde”, informou a enfermeira.

Para Marco Aurélio Barreto dos Santos, ACS que atua na UBS Gebes de Medeiros, na zona Leste, a capacitação é mais uma forma de aprimorar o trabalho que desenvolve desde o ano de 2002 na rede municipal de saúde. “É muito importante para que se possa ter mais conhecimento, repassar para a população informações corretas e sobre como é fundamental a prevenção e o tratamento da hanseníase”, afirmou Marco Aurélio.

No mês de janeiro, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, Manaus irá participar da Semana Nacional de Mobilização da Hanseníase para a identificação de casos suspeitos e diagnóstico precoce da doença.

Nessa estratégia de atuação, os ACSs estão sendo capacitados sobre a abordagem da população em áreas definidas de maior incidência, que serão selecionadas para amostragem, quando será aplicado um questionário para que a pessoa possa responder se apresenta sintomas como: dormência nas mãos ou nos pés, formigamento, câimbras, manchas na pele e fraqueza nas mãos ou nos pés, entre outros.

O formulário será entregue para a equipe de saúde responsável pelo território, que irá avaliar as respostas e agendar as consultas quando necessário.

Doença

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e a transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. Os sintomas podem surgir entre dois e sete anos a partir da contaminação.

A transmissão requer um convívio muito próximo (em casa, na escola, no trabalho) e por um tempo muito prolongado. “Por esse motivo é essencial realizar o acompanhamento dos contatos do paciente, que são as pessoas com quem tem um convívio próximo. Só assim é possível detectar a doença de forma precoce, quebrando a cadeia de transmissão e evitando o agravamento da hanseníase, que pode ocasionar lesões neurais com grau de incapacidade física irreversível e que são responsáveis pelas deformidades que o paciente desenvolve”, alertou Ingrid.

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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa

Foto – Divulgação / Semsa

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