Programa implementa mudanças no fornecimento e impulsiona renda dos produtores com investimentos que valorizam a produção local e asseguram qualidade

Foto: Divulgação/ADS
Pela primeira vez em seis anos, o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), do Governo do Estado, executado pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), credenciou mais de 1.200 interessados, incluindo produtores rurais, associações, cooperativas e agroindústrias. Edital supera número de inscritos dos últimos anos e alcança 42 municípios do Estado.
“Os números são expressivos e demonstram que o programa está alcançando seus objetivos, refletindo a satisfação dos produtores e um retorno econômico significativo para eles. Para este ano, a Secretaria de Educação e Desporto Escolar destacou o recurso de R$ 20 milhões sendo o pagamento da primeira parcela para executar este ano”, explicou a coordenadora do Preme Jacqueline Azevedo.
Entre os 42 municípios credenciados, Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) destaca-se com 279 agricultores inscritos, sendo as hortaliças o produto mais cultivado na região. Manaus vem em seguida com 209 credenciados.
As cidades alcançadas são: Alvarães, Autazes, Anamã, Anori, Apuí, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Carauari, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Eirunepé, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Itamarati, Jaúrá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Manicoré, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã, Nhamundá, Parintins, Presidente Figueredo, Rio Preto, Santo Antônio do Iça, São Paulo de Olivença, Silves, Tabatinga, Tapauá, Tefé, Uarini e Urucurituba.
Para este ano, estão no cardápio escolar cerca de 31 unidades de gêneros alimentícios. Os produtos adquiridos em 2025 são: Abacaxi, abóbora, banana pacovã, banana prata/maçã, bananada, cará, castanha-do-Brasil, cheiro-verde (convencional e orgânico), couve folha (convencional e orgânico), laranja regional, limão regional, macaxeira in natura, mamão, melancia, pimenta-de-cheiro, pimentão verde, pitaya, tangerina, carne bovina em cubos, carne bovina moída, filé de peixe regional, filé de pirarucu salgado seco, filé de pirarucu congelado, ovos, farinha de mandioca amarela e branca, farinha de tapioca, polpa de açaí, polpas de frutas.
Inédito
Uma das novidades do Preme neste ano é a mudança na forma de fornecimento do cheiro-verde, que agora será adquirido em maços de 500 gramas, substituindo os pacotes de 1 quilo utilizados anteriormente. A alteração visa beneficiar um maior número de agricultores.
“Entre as novidades deste ano, destacamos a aquisição do cheiro-verde em maços de 500 gramas. Essa mudança é vantajosa, pois, seguindo os critérios de qualidade do programa, os produtores podem manter a mesma escala de cultivo e aumentar sua renda. Assim, é possível comercializar 500 gramas para o Preme e destinar o restante para outros programas da ADS”, disse Jacqueline Azevedo.
O valor unitário do cheiro-verde será de R$ 24,25 por maço, com um total de 55.003 maços a serem adquiridos em 2025, gerando um investimento de R$ 1.333.822,75. A medida visa incentivar a produção local e melhorar a rentabilidade dos pequenos agricultores, oferecendo uma oportunidade para diversificar a comercialização do produto.


“O Governo do Estado está investindo no fortalecimento da produção agrícola local ao pagar R$ 24,25 por maço de cheiro-verde. Este valor reflete o compromisso com a qualidade, visto que o produto adquirido pelo Preme atende rigorosamente a padrões elevados”, destacou Jacqueline.
“Cada maço de 500 gramas é cultivado com práticas que garantem a segurança alimentar, beneficiando diretamente os consumidores. Além disso, este incentivo valoriza os agricultores, proporcionando-lhes uma renda justa e estimulando a continuidade de uma produção de alta qualidade, que é um diferencial no mercado”, salientou a coordenadora.
De acordo com o produtor Edvaldo Fernandes, credenciado no Preme, a nova medida agrega valor ao produto e oferece aos agricultores a oportunidade de comercializar, no mercado e em feiras, a mesma produção inicialmente planejada para entrega ao programa.
“Com a nova orientação, poderei comercializar o cheiro-verde nas feiras e, ao mesmo tempo, atender às entregas previstas pelo programa, otimizando meu tempo de cultivo e impulsionando minha renda familiar”.
A iniciativa também trará maior estabilidade aos agricultores, ao oferecer maior flexibilidade no cronograma de entrega. A mudança permitirá que os produtores consolidem a remessa de cheiro-verde misto em uma única entrega, reduzindo a necessidade de múltiplos deslocamentos. Como resultado, o processo logístico será otimizado, economizando tempo e recursos, facilitando o planejamento e a gestão das atividades no campo.
“Os produtores estão entusiasmados com essa mudança e já estão sugerindo adaptações semelhantes para outros produtos, como a couve, que ainda é vendida por quilo. Nosso objetivo é dar continuidade a essas melhorias e beneficiar todos os envolvidos, promovendo a sustentabilidade e proporcionando o aumento da renda do produtor rural”, destacou Jaqueline.
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