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Profissionais da Prefeitura de Manaus que atuam junto à população de rua são avaliados em busca ativa de casos tuberculose latente

O Judiciário
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A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou a avaliação de 27 profissionais da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), que atuam no atendimento de pessoas em situação de rua, para identificar possíveis casos de Infecção Latente da Tuberculose (ILTB).

A ação de busca ativa de casos de ILTB, que ocorre quando uma pessoa foi infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, mas ainda não apresenta a tuberculose ativa, foi direcionada para profissionais do Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop) e do Serviço de Acolhimento Institucional Amine Daou Lindoso, com a oferta de exames realizada nos dias 28 e 30 de janeiro, resultado de parceria entre Semsa e Semasc para as ações de prevenção e controle da tuberculose.

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O chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, enfermeiro Alexandre Inomata, explica que pessoas em situação de rua fazem parte do grupo considerado mais vulnerável para o adoecimento por tuberculose e, consequentemente, os profissionais que atuam no atendimento a esses grupos apresentam também um maior risco de contrair a infecção.

“A tuberculose é uma doença transmissível e o adoecimento está relacionado às questões de imunidade do paciente, mas também às condições de vida e vulnerabilidades sociais. Pessoas em situação de rua têm 54 vezes mais risco de adoecer por tuberculose do que a população em geral. E os profissionais que atuam em instituições como o Centro POP, apresentam um maior risco de exposição ao bacilo que causa a doença e por isso é importante que realizem o exame para ILTB”, esclarece Alexandre Inomata.

O diagnóstico para a ILTB é feito a partir do exame da Prova Tuberculínica, indicado para pessoas que têm maior risco de adoecer ou de ser infectado pela Mycobacterium tuberculosis, prioritariamente para o acompanhamento de contatos de pacientes com diagnóstico de tuberculose ativa, que são as pessoas que têm contato com o paciente com tuberculose.

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Atualmente, a rede municipal conta com 50 UBSs que oferecem o exame. No ano passado, 2.214 pessoas iniciaram tratamento preventivo para ILTB.

O exame é realizado com a aplicação intradérmica do PPD (derivado proteico purificado), substância aplicada no antebraço do paciente e, depois de 48 horas, o profissional de saúde pode realizar a leitura, identificar se houve ou não reação ao exame, verificando se o resultado é positivo ou negativo para a infecção latente.

“Com há o resultado positivo para a infecção latente, o paciente poderá iniciar o tratamento preventivo, o que vai evitar que ele desenvolva a tuberculose. Esse é um trabalho de prevenção que quebra a cadeia de transmissão e reduz o número de novos casos de tuberculose ativa”, afirmou Alexandre Inomata.

Tuberculose

Doença infecciosa e transmissível, a tuberculose é causada da micobactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que afeta prioritariamente os pulmões. O principal sintoma é a tosse e por isso a recomendação é para que pessoas com tosse por duas semanas ou mais sejam examinadas, procurando uma das Unidades de Saúde da rede municipal para a realização de exames.

A transmissão da doença ocorre quando, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa, ainda sem tratamento, lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos, podendo transmitir a doença para outras pessoas.

Em 2024, o município de Manaus registrou 3.124 casos novos de tuberculose de todas as formas. O tratamento é oferecido de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dura no mínimo seis meses.

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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa

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