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Projeto cria sistema para monitorar atos extremistas violentos

Portal O Judiciário Redação

10/10/2023 – 13:29  

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O autor da proposta, deputado Alberto Fraga

O Projeto de Lei 1477/23 institui, no âmbito do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), o Subsistema de Monitoramento e Alerta Contra Atos Extremistas Violentos. Segundo o deputado Alberto Fraga (PL-DF), autor da proposta, a ideia é criar uma estrutura que consiga antecipar atos extremistas, como os ocorridos em escolas e em templos religiosos.

“Em 27 de março de 2023, em São Paulo, um aluno de 13 anos matou a professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos”, relembra. “Ficaram evidentes as intenções violentas do autor por meio do seu comportamento e de suas manifestações em rede social”, acrescenta.

O deputado acredita que um eventual alerta poderia ter impedido a tragédia. “E não somente por atuação policial, mas por meio, por exemplo, de alguma intervenção psiquiátrica, psicológica ou mesmo social”, avalia o parlamentar. 

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Finalidades
Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, a finalidade do subsistema de monitoramento será:

  • integrar órgãos públicos relacionados à temática,
  • difundir dados, conhecimentos e alertas públicos,
  • criar estratégia nacional e iniciativas relativas à prevenção e ao enfrentamento de atos extremistas violentos.

O projeto prevê que um regulamento vai definir os órgãos componentes do subsistema, o modo como se dará a integração entre eles e a participação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Um ato do Poder Executivo vai regulamentar as formas de colaboração da sociedade, incluindo canais específicos para denúncias; e a realização de eventos e campanhas sobre prevenção de atos extremistas violentos. 

A União deverá proporcionar o acesso das escolas a treinamento para identificar ameaças e saber como agir em casos preventivos ou reativos. 

Tramitação
A proposta será analisada pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em seguida, será votada pelo Plenário.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein

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