“Projeto Maria Vai à Escola” leva conscientização sobre a importância do combate à violência doméstica e familiar contra a mulher para unidade de ensino da zona Centro-Oeste

O Judiciário
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Atividade integrou a programação da “23.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”.


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Escola3A Equipe de Atendimento Multidisciplinar do 1.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“1.º Juizado Maria da Penha”), do Tribunal de Justiça do Amazonas, realizou na última quarta-feira (08/03), “Dia Internacional da Mulher”, uma ação de conscientização na Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira, localizada na zona Centro-Oeste.

A ação, organizada pelo Juizado no âmbito do “Projeto “Maria Vai à Escola”, integrou a programação da “23.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”, programa idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que, no TJAM, tem à frente a Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência (Cevid), coordenada pela desembargadora Graça Figueiredo.

Os alunos conferiram a exposição de camisas “Não vista esta camisa – diga não à violência”, cuja intenção é retratar falas comuns no relato das mulheres atendidas pela equipe multidisciplinar (como “a culpa é sua”, “vai sair vestida assim” e “isso tudo é coisa da sua cabeça”) e que representam a realidade de outras mulheres em situação de violência.

Incluindo os turnos matutino e vespertino, 92 alunos da Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira participaram das atividades, informou a assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcante, que acompanhada da assistente social Deniglesia de Lima e da psicóloga Suzy Guimarães estiveram à frente da ação levada à unidade de ensino.

“Essas atividades visam a promover a prevenção das relações abusivas e o enfrentamento à violência, pois precisamos trabalhar na modificação do padrão sociocultural vigente que ainda se pauta na desigualdade de gênero. Nesse sentido, a exposição das camisas, a princípio, pode gerar um impacto, todavia auxilia na reflexão e desmistificação de condutas por vezes naturalizadas. E concomitante com a exposição, realizamos a roda de conversa com os alunos, com o apoio da cartilha ‘Precisamos falar de relacionamento abusivo’, para que consigam identificar os sinais das relações abusivas, assim como estratégias para proteção e para o rompimento, pois muitos jovens, adolescentes, infelizmente, já estão inseridos em relações que envolvem muito controle, sentimento de posse e violências”, disse a assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcante, que integra a equipe do 1.º Juizado Maria da Penha.

A educadora Jennyfer de Oliveira Carvalho, gestora da Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira, agradeceu o trabalho feito pelo Tribunal de Justiça nas escolas e disse que a ação agrega conhecimento sobre questões como a do feminicídio.

“Quero agradecer pelo excelente trabalho que o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas vem fazendo juntamente com as escolas. Um trabalho de conscientização e também esclarecendo dúvidas sobre a questão da violência contra a mulher e relacionamentos abusivos. Que isso venha agregar ao convívio deles, social, não só educacional. Em um âmbito geral da nossa sociedade, pois sabemos que sempre se conhece alguém que passa por esses tipos de situações, que sofrem dentro de casa. No convívio da família, os filhos sofrem também quando presenciam uma agressão contra a mãe violentada pelo pai. Essa ação do Tribunal também agrega conhecimento sobre a questão do feminicídio. Sabemos que há um grande número de mortes diárias por conta de violência contra a mulher e é importante trabalhar na mudança de comportamentos e na prevenção da violência”, comentou a gestora.

#PraTodosVerem – a foto principal que ilustra a matéria mostra os estudantes participando da atividade promovida pelo 1.º Juizado Maria da Penha na Escola Estadual Raimundo Nogueira. Usando o uniforme da escola, eles estão sentados, formando um semicírculo, e acompanham a exposição feita pela assistente social Celi Cristina, que está em pé, entre eles. Ao fundo, na parede da sala de aula, estão projetadas informações que dão apoio à palestra da servidora do TJAM.

Paulo André Nunes

Fotos: Acervo do 1.º Juizado Maria da Penha

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