A Prefeitura de Manaus, por meio da gerência de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), apresentou, nesta sexta-feira, 24/5, a convite da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas – Regional Sede Washington), a experiência de Manaus na execução de ações sustentáveis para interromper a transmissão da malária por Plasmodium falciparum, que deu ao município o prêmio ‘Malaria Champions – Campeões contra a Malária nas Américas 2023′.
A apresentação foi realizada de forma online, conduzida pela gerente de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, Alinne Antolini. De acordo com a gerente, a apresentação da experiência de Manaus representou o Brasil, em nível de Ministério da Saúde, no trabalho de redução de casos de malária por Plasmodium falciparum, que é o causador da forma mais perigosa da doença, podendo levar a formas graves e ao óbito.
“A apresentação para a Opas apontou o protocolo instituído pelo município de Manaus, por meio de Nota Técnica, com as recomendações para as ações de vigilância e controle da malária. Entre 2013 a 2021, o município reduziu os casos de malária por Plasmodium falciparum, cegando a zerar o número de casos da doença em 2021”, informou Alinne Antolini.
Dados do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (Sivep-Malária) mostram que Manaus registrou 189 casos de malária por Plasmodium falciparum no ano de 2013. Com as ações instituídas pela Semsa, o número de casos em 2015 chegou a 24, mantendo o controle em 2016 (7), 2017 (21), 2018 (2), 2019 (7), 2020 (15), zerando os casos em 2021.
Em 2022, o município voltou a registrar casos de malária por Plasmodium falciparum, com um total de 58. “Na reunião da Opas, apresentamos a experiência exitosa do trabalho realizado entre 2013 e 2021, além do trabalho feito em 2022 para conter o número de casos de forma sustentável”, informou Alinne.
A estratégia de controle e vigilância da malária por Plasmodium falciparum em Manaus inclui reforço das ações de bloqueio de transmissão dos casos da doença, educação em saúde, diagnóstico precoce com busca ativa de pacientes com sintomas, monitoramento e reposição de mosquiteiros impregnados com inseticida entregues para moradores de áreas de risco, tratamento em tempo oportuno e controle do vetor de transmissão da malária, que é a fêmea do mosquito Anopheles, com investigação entomológica, pesquisa larvária, tratamento de criadouros do mosquito e controle vetorial químico para eliminação do mosquito adulto.
“A estratégia de vigilância prevê ações imediatas e simultâneas, junto com os Distritos de Saúde, com rigorosa investigação em até 24 horas após confirmação do caso e acompanhamento do tratamento até a cura do paciente”, afirmou Alinne.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa