Tribunal inaugura memorial em homenagem a magistrados, servidores, serventuários e seus familiares falecidos durante a pandemia de covid-19

O Judiciário
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Cerimônia de inauguração do Memorial, na manhã desta quinta-feira, foi marcada por emoção e saudade.


Em solenidade, na qual a emoção e a saudade deram a tônica, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) inaugurou nesta quinta-feira (27/10), na área externa do edifício Desembargador Arnoldo Péres, Sede do Judiciário amazonense, o Memorial em homenagem a servidores, serventuários, magistrados e seus familiares falecidos durante a pandemia da covid-19.

O tributo tem o objetivo de preservar esse momento tão dramático vivido mundialmente e oferecer um local de luto e de homenagem aos profissionais do TJAM e seus familiares, de forma que jamais sejam esquecidos. Na programação da cerimônia, um minuto de silêncio pelos presentes e balões brancos, simbolizando as vítimas.

No momento ecumênico, falaram o vigário da Paróquia do Santuário de São José Operário, padre Carlos Josué Costa do Nascimento; o pastor distrital da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Tufi Fernandes e o capelão Antônio Rocha, do TJAM. Houve, ainda, a plantação de uma muda de jasmim do campo.

Na solenidades estavam presentes o presidente do TJAM, desembargador Flávio Pascarelli; a vice-presidente da Corte, desembargadora Graça Figueiredo; e o corregedor-geral de Justiça, desembargador Ernesto Anselmo Queiroz Chíxaro; além dos desembargadores Cezar Luiz Bandeira; Joana dos Santos Meirelles; Délcio Luis Santos; Nélia Caminha Jorge; Vânia Marques Marinho; Airton Gentil; João Simões; Lafayette Carneiro Vieira Júnior e Abraham Abraham Peixoto Campos Filho; do presidente da OAB/AM, Jean Cleuter Mendonça; familiares das vítimas; servidores do Judiciário e representantes religiosos.

Perpetuação

Conforme o presidente do TJAM, desembargador Flávio Pascarelli, o Memorial inaugurado, além de ser uma obra de arte, visa a perpetuar a memória de quem tanto trabalhou pelo Poder Judiciário. “Nós perdemos 92 pessoas, entre servidores, serventuários e magistrados, da ativa e aposentados, e esse monumento, que é uma obra de arte, está aqui, agora, para lembrar daqueles que prestaram tantos serviços relevantes a este Tribunal e ao Amazonas”, disse o dirigente do Judiciário.

Para a vice-presidente do TJAM, desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo, o significado do Memorial é “mostrar o nosso sentimento e a gratidão aos nossos servidores e parentes de servidores, aos nossos magistrados e a todos aqueles que colaboraram com o Poder Judiciário e que partiram tão precocemente em consequência da pandemia, que entristeceu a todos”.

Depoimentos de saudade

Em um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, o desembargador Lafayette Carneiro Vieira Júnior usou a palavra para lembrar da perda da sua esposa, a servidora efetiva da Corte Giovanna Maddy Figliuolo Vieira, em 10 de janeiro de 2021, e, ainda, do desembargador Djalma Martins da Costa e do servidor Ricardo Câmara (diretor da Setic), sendo extensivo a todos que perderam entes queridos.

“A perda é um sentimento que não temos como descrever neste momento. Já faz 1 ano e 10 meses que eu perdi a minha mulher e ainda não me recuperei, e penso que não vou me recuperar. Mas, essas palavras aqui estão sendo pelo meu sogro e pela minha sogra, que eu não quero nem pensar o que é a dor de perder um filho. Essa homenagem proposta pela direção do Tribunal, veio a calhar pois nada melhor do que relembrar. Àqueles que conheceram a minha mulher, o desembargador Djalma e tantos outros que aqui perderam seus entes queridos, fica aqui o meu carinho, meu abraço e meus pêsames. Estou reconstruindo a minha vida, até porque eu sei que lá no céu ela não ia querer que ficasse infeliz. Ela me deixou um legado de três filhos e seis netos, para cuidar e penso eu que estou fazendo meu trabalho direitinho”, afirmou Lafayette, acrescentando que, pela primeira vez, conseguia falar do assunto em público.

O coronel PM Marcelo Harraquian da Silva, filho do servidor Telcílio da Silva, também agradeceu a homenagem dizendo que “o dia de hoje não era para celebrar a tristeza, mas sim para celebrarmos a memória dos nossos entes queridos que neste Tribunal plantaram as sementinhas da boa administração”. Ela falou que seu falecido pai, “que estava aposentado desde 1987, por quase 30 anos, aqui trabalhou exercendo o humilde e honrado cargo de motorista; papai era o nosso orgulho e referência como pessoa e profissional, sempre muito cuidadoso e zeloso com a atividade buscou a todo tempo desempenhar o seu melhor”. “Hoje me honra, como filho de um motorista e de uma professora, ser selecionado para relembrá-lo nesse singelo ato e proferir palavras de carinho e homenagens aos falecidos ex-servidores”, contou ele.

Texto da placa

O texto da placa do memorial traz uma mensagem que relembra a pandemia desde os seus primeiros dias quando notícias anunciavam vários casos de “pneumonia”. Abaixo, a íntegra:

“Em 30 de janeiro de 2020, várias equipes de estudiosos, nacionais e internacionais, ajudaram a fortalecer a capacidade de monitoramento dos pacientes da covid-19, com mais atenção na urgência e na emergência, agora aparecendo outro sintoma, a falta de ar.

A covid-19 restringiu a circulação de pessoas, com o fechamento de escolas, comércios em geral, até os aeroportos. O lockdown foi decretado em todo o Brasil, e em todo mundo, todos em casa, saindo somente se extremamente necessário, determinou-se o isolamento de todas as pessoas contaminadas e seus familiares, saindo apenas em caso de extrema necessidade e com máscara. Os doentes diagnosticados não podiam ter acompanhante, todos sozinhos e isolados nos hospitais em razão de não haver um protocolo médico específico ao tratamento.

As estatísticas eram atualizadas com números elevadíssimos de contaminados e internados, entubados e também falecidos, momentos muito difíceis e tristes para todos.

O número de mortos no mundo pode ter chegado aproximadamente a 7 milhões de pessoas, foi expressivo e chocante o índice de mortalidade. No Brasil, foram 686 mil falecidos pela pandemia da covid-19, tendo se recuperado mais de 21 milhões de pessoas.

Estima-se que o maior número de mortes em todo o mundo, ocorreu com pessoas do sexo masculino, representando 57% (cinquenta e sete por cento) comparado aos 43% (quarenta e três por cento) do sexo feminino.

No Amazonas, o número de casos foi de 616 mil, tendo falecido mais de 14 mil pessoas. Assim, a pandemia deixou marcas e tristeza com a morte de magistrados, servidores, serventuários da Justiça e familiares.

Os cientistas de todo o mundo, trabalharam incansavelmente na criação de vacinas para o combate ao coronavírus, buscando prevenir os óbitos e conter a pandemia. As vacinas criadas foram: Coronavac, Pfizer, Oxford/Astrazeneca, Sputnik V e Johnson e Johnson.

Homenagem

Assim, a pandemia atingiu magistrados, servidores, serventuários da Justiça e familiares, que infelizmente nos deixaram.

O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, homenageia os que partiram, para que jamais sejam esquecidos.

Deparar-se com a morte, seja ao refletir sobre a nossa própria finitude, seja ao sofrer a perda de alguém querido, sempre será uma experiência difícil. Felizmente, a vida e a nossa fé nos consolam e nos dá esperança para prosseguirmos. A Bíblia também traz aos cristãos uma perspectiva de esperança, que aponta que a morte não é o ponto final de nossa vida, mas o começo da vida eterna.

Em 26/09/2022, o Coronavírus está controlado.

Evangelho de Jesus

Salmo 23:4

‘Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam’.

João 11:25-26

‘Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente’.

Manaus, 27 de outubro de 2022.”

Paulo André Nunes

Foto: Raphael Alves

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

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