No último domingo (24), o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sérgio Banhos, participou de diversas etapas do processo de votação do segundo turno das eleições presidenciais na França. Em missão de acompanhamento no país europeu, o representante da Corte Eleitoral brasileira visitou locais de votação e de apuração de votos.
Antes mesmo da abertura das seções eleitorais, que funcionam das 8h às 20h, Sérgio Banhos acompanhou a preparação de local de votação. Mesários, presidentes de mesa e assessores participam do procedimento.
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TSE acompanha as eleições na França, em 26.04.2022
TSE acompanha as eleições na França, em 26.04.2022
TSE acompanha as eleições na França, em 26.04.2022
Os mesários, cidadãos voluntários, conferem a documentação da eleitora e do eleitor e entregam envelope e dois papéis, um com o nome de cada candidato. A eleitora ou eleitor se dirige à cabine de votação e insere no envelope o papel com o candidato de sua preferência.
Em seguida, a eleitora ou o eleitor vai para o outro lado da sala, onde os assessores, que normalmente são pessoas indicadas por partidos políticos, conferem a documentação. Deposita o voto na urna, processo acompanhado pelo presidente da mesa, e assina o caderno que comprova que o voto foi realizado.
O ministro Sérgio Banhos também se reuniu com o diretor adjunto de democracia dos cidadãos e territórios, François Tchekemian, do escritório de eleições do município de Paris, que explicou o passo a passo de cada momento da jornada. Segundo ele, normalmente o clima é de tranquilidade, mas existe preocupação constante com o nível de participação e com o aprimoramento do processo como um todo.
“Estamos em um momento em que precisamos pensar em soluções para melhorar nosso sistema como um todo. Uma delas é o uso de máquinas de votação, que implicaria, inclusive, em menor número de pessoas nas seções”, disse, ao lembrar que 60 municípios franceses já usam urnas eletrônicas.
No final da jornada, às 20h, a delegação do TSE, também integrada pelo assessor-chefe internacional, José Scandiucci, acompanhou a organização dos locais de votação para a apuração dos votos, que são retirados das urnas e organizados em blocos de 100 unidades. Os envelopes são entregues nas mesas apuradoras, compostas por quatro pessoas, que registram os votos recebidos.
Os números verificados nas mesas são repassados ao Ministério do Interior, que efetua contagem prévia dos resultados em uma central informatizada na sede da instituição, que, por sua vez, transmite-os em tempo real para a imprensa, o que pode ser acompanhado por qualquer cidadão em um site próprio. Todas as informações são registradas em atas que posteriormente são analisadas e formalizadas pelo Conselho Constitucional. Desta forma, apenas alguns dias após as eleições é que se publica o resultado oficial.
O ministro Sérgio Banhos também visitou a central e elogiou a organização do processo. “A informatização com certeza traz mais celeridade”, pontuou. Além disso, o representante da Corte Eleitoral brasileira reforçou a importância do intercâmbio internacional para o fortalecimento da democracia.
“Foi uma experiência muito importante. Percebemos que os franceses têm muito interesse em conhecer o nosso processo, e o nosso objetivo é estreitar os laços para que possamos contribuir mutuamente”, finalizou Banhos.
LG/CM, DM