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‘Um verdadeiro retrocesso’, dispara Delegado Péricles contra a medida do Governo Federal que pode alterar idade e frequência da mamografia no Brasil

O Judiciário
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O deputado estadual Delegado Péricles (PL) classificou como “um retrocesso” a proposta do Governo Federal de modificar as diretrizes para o acesso das mulheres ao exame de mamografia no país. Atualmente, a recomendação é que o exame seja realizado anualmente a partir dos 40 anos. Entretanto, caso a medida, que está em consulta pública promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), seja aprovada, a idade mínima será ampliada para 50 anos, e o intervalo entre os exames passará a ser de dois anos.

“É um verdadeiro retrocesso. Vai contra os dados apresentados pelo próprio Governo, por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS e até do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que apontaram, em 2024, que mais de 40% dos casos de câncer diagnosticados no Brasil já estavam em estágio avançado. Precisamos alertar a sociedade sobre mais uma iniciativa insensata deste desgoverno. Assim que os trabalhos na Assembleia Legislativa retornarem, levaremos esse tema à tribuna da Casa”, afirmou Delegado Péricles, que tem se destacado na luta contra o avanço do câncer no Amazonas, com investimentos que somam mais de R$ 5 milhões nos últimos anos.

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O diretor-presidente da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Fcecon), Gerson Mourão, que também é membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Academia Brasileira de Mastologia, utilizou as redes sociais para alertar a população. Ele ressaltou que a possível mudança nas políticas públicas para as redes pública e privada de saúde ignora números alarmantes.

Segundo o especialista, 40% dos casos de câncer de mama são diagnosticados em mulheres entre 40 e 50 anos, e 20% das mortes ocorrem nesse mesmo grupo.

“Essa conta não fecha. Primeiro, porque estamos lidando com vidas, e segundo, pelos custos altíssimos do tratamento de câncer descoberto tardiamente”, afirmou Mourão. Ele ainda destacou que 25% das mulheres que realizam mamografias anuais não chegam a falecer em decorrência da doença, reforçando a importância da detecção precoce.

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