A dívida da Prefeitura de Manaus com a Agência Sueca de Crédito à Exportação (EKN), no valor de R$ 500 milhões, foi criticada pelo vereador William Alemão (Cidadania), nesta terça-feira (15/10), em um aparte ao pronunciamento do presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Caio André (União Brasil), que abordou o tema durante pronunciamento na Casa Legislativa.
Em seu aparte, Alemão relembrou um discurso do prefeito David Almeida (Avante), em que ele prometeu utilizar o repasse do subsídio às três empresas de ônibus que atuam no setor em Manaus, para comprar mais unidades e assim renovar e ampliar a frota do transporte coletivo.
“Na primeira coletiva do então eleito prefeito David Almeida, ele disse que iria pegar o repasse às três empresas, que dá pra chamar de bilionário, porque se somar os três anos que ele está como prefeito, já passa de R$ 1,3 bilhão, e repassar às empresas, o que não aconteceu”, afirmou o vereador.
Segundo Alemão, na época o prefeito alegou que não havia ônibus disponíveis para comprar, o que o vereador desmentiu, indicando que a real razão seria, conforme o vereador, a falta de crédito da Prefeitura de Manaus no mercado internacional.
“Hoje, mesmo que exista, ele não vai conseguir, porque ele não tem crédito na praça internacional para adquirir ônibus para a cidade de Manaus”, afirmou.
De acordo com William, ao longo da gestão David Almeida, a situação do transporte coletivo piorou significativamente. Antes da pandemia, Manaus contava com uma frota de mais de 1.200 ônibus em operação, mas esse número foi reduzido para aproximadamente 900 veículos, conforme o parlamentar.
“Quem sofre é a população, que passa mais de uma hora nas paradas, e muitas vezes o ônibus ainda passa lotado. Espero que a população assista esse discurso que Vossa Excelência (Caio André) trouxe e que pense bem na melhora para a cidade de Manaus”, concluiu.
‘Calote’ – Em agosto deste ano, uma comitiva formada por representantes da EKN e da Embaixada da Suécia esteve em Manaus, para tratar da dívida de R$ 500 milhões referentes à compra de 296 ônibus, adquiridos em 2012.
Com o atraso no pagamento, desde 2015, a empresa sueca iniciou uma ação judicial contra as três empresas de ônibus envolvidas, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) e a Prefeitura de Manaus. Na ocasião, o prefeito David Almeida se recusou a receber a comitiva para tratar sobre o tema, conforme informações da EKN.
Texto: Assessoria de Comunicação do vereador
Foto: Mauro Pereira – Dicom/CMM
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