DIA NACIONAL DA ADOÇÃO – Vídeos trazem relatos emocionados de adotantes que receberam o apoio de projetos desenvolvidos pelo TJAM

Portal O Judiciário Redação

Disponibilizados a partir desta quarta-feira no canal do Tribunal no YouTube, os relatos falam das experiências de famílias formadas ou ampliadas com o apoio dos projetos “Encontrar Alguém” e “Acolhendo Vidas”, do Juizado da Infância e da Juventude Cível.


Uma série de vídeos produzidos pela Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Amazonas, e que estão sendo disponibilizados no canal do Poder Judiciário Estadual no YouTube, trazem emocionantes relatos de adotantes de crianças e adolescentes, que ampliaram ou criaram sua nova família com o apoio dos projetos “Encontrar Alguém” e “Acolhendo Vidas”, realizados pelo Juizado da Infância e da Juventude Cível da Comarca de Manaus. A divulgação dos vídeos faz parte das atividades alusivas ao “Dia Nacional da Adoção”, que é comemorado neste 25 de maio.

No último dia 16, a advogada carioca Lilibeth de Azevedo, 43, recebeu autorização para Estágio de Convivência com uma menina de 11 anos de idade, que vivia acolhida em abrigos, e a qual ela pretende adotar. A advogada recorreu ao “Projeto Encontrar Alguém”, iniciativa lançada em 2018 pelo TJAM, de forma pioneira na Região Norte, e que consiste na “busca ativa” para beneficiar crianças de difícil colocação em famílias substitutas, ou seja, aquelas que não se enquadram no perfil normalmente indicado pelos pretendentes à adoção.

“Comecei a fazer os encontros de habilitação (para adoção) em outubro de 2020, no meio da pandemia, consegui a sentença em maio de 2021 e iniciei um processo de busca ativa em setembro do mesmo ano. Em fevereiro deste ano, procurei o ‘Projeto Encontrar Alguém’ do Tribunal de Justiça e, agora, neste mês de maio, o ‘Mês da Adoção’, iniciei o período inicial da convivência aqui em Manaus”, contou a advogada, com brilho nos olhos.

“Hoje é um dia histórico para mim, em que eu inicio a minha família e ganho um início de vida conjunta com a minha filha, porque eu ganhei uma decisão de guarda provisória e com a convivência com a minha filha, na cidade onde moro, no Rio de Janeiro. Saio de Manaus com o coração cheio de esperança, de alegria e de motivação porque a adoção é, também, uma das maneiras de criar sua família”, afirma, emocionada, a mãe por adoção, no vídeo disponibilizado neste 25 de maio no canal do TJAM no YouTube. 

Planejamento de vida

Emerson e Andressa, casados há 17 anos, conta que, mesmo antes de serem pais de dois filhos biológicos, já tinham como meta de vida a adoção de uma criança. “A adoção, para nós, já era um planejamento de vida, quando casamos já tínhamos esse objetivo, esse sonho de ter uma criança adotada, independentemente de conseguirmos ter filhos biológicos. Deus nos abençoou com duas crianças biológicas. A primeira gravidez foi complicada, a Andressa ficou de repouso absoluto, o bebê nasceu prematuro de seis meses e ficou 39 dias na UTI. Para nós, pais de primeira viagem, isso foi muito impactante e ficamos com receio de ter mais filhos. Mas depois tivemos mais um menino e, graças a Deus, fomos abençoados ao sermos escolhidos para sermos pais de uma criança adotada”, relata Emerson, em vídeo que será disponibilizado no YouTube nesta quinta-feira (26).

“Não escolhemos quem queremos adotar: nós que somos escolhidos. Não é a criança que está na fila: somos nós que estamos na fila de espera como escolhidos”, completa o adotante em seu depoimento ao canal do TJAM.

Sonho

Já Maria Luzia e Jeverson sempre sonharam em ter duas crianças. Atualmente, são pais de um garoto que, em junho deste ano, completará 5 anos de idade e que foi adotado aos seis anos, com o apoio do “Projeto Acolhendo Vidas”, uma ação interventiva operacional realizada pelo Juizado da Infância e da Juventude perante mulheres que, no período de gravidez ou pós-parto, intentam entregar seus filhos para adoção. O projeto cria procedimentos para acompanhar esse segmento que procura orientação junto aos órgãos que compõem a rede de atenção e proteção a mulheres, crianças e adolescentes.

O processo é consolidado por meio da escuta social, bem como orienta gestantes ou mães em fase puerperal, respeitando sua individualidade e intimidade, a decidir de forma segura e sigilosa a entrega de seu filho em adoção ou manutenção no convívio com a família natural de forma responsável, zelando pelo seu integral desenvolvimento.

Maria Luzia e Jeverson já estão em processo para acolher uma segunda criança (desta vez uma menina), hoje com 3 anos e sete meses de idade. “Queríamos ser pais de duas crianças para suprir a necessidade de não termos filhos. Já éramos casados há muito tempo, não éramos infelizes, porque tínhamos nossos trabalhos e nossas famílias, muitos afilhados, mas é natural que todo casal queira ter seus filhos, e nós contamos com esse projeto maravilhoso que é o ‘Acolhendo Vidas’. Com a chegada do nosso primeiro filho continuamos no processo, não desistimos da nossa criança e renovamos nosso cadastro. Hoje estamos em adaptação, em um processo de interação com a nossa menina. Estamos felizes, realizados e gratos pelo trabalho maravilhoso que é feito e gostaria, no futuro, de me envolver um pouco mais no projeto, coisa que não conseguimos no momento por dar atenção para o nosso príncipe e nossa princesa”, disse a mãe adotante no vídeo.

Jeverson frisa que a adoção é, acima de tudo, um gesto de amor, de carinho e de compreensão para quem sempre esteve decidindo seus atos sozinho, e que passa a compartilhar com um filho. Ele reforçou que o casal está muito feliz e grato pelo empenho do Juizado. “Tudo mudou na nossa vida e está tudo realizado agora graças a Deus”, afirma.

Amor que só cresce

Os adotantes Priscila e Aluísio relatam, em outro depoimento no canal do TJAM no YouTube, que ela tentou engravidar, sem êxito, até decidirem entrar no cadastro de adoção, em 2018. “Se soubéssemos que seria tão bom já teríamos adotado há mais tempo. Nosso amor para com ela só cresce a cada dia”, disse Priscila, mamãe de uma menina.

“Nossa filha entrou em nossas vidas de uma forma repentina. Já estávamos no processo de adoção há algum tempo, mas não imaginávamos que seria tão rápido. E quando ela entrou iluminou a nossa vida, e a família a ama demais de paixão. Não sei como seria a nossa vida sem ela e até ficamos pensando onde ela estava antes. Parece que ela sempre esteve em nossa vida. Deus preparou e escolheu ela pra nós. A adoção é amor de nós para com ela e dela para conosco”, disse Aluísio. “As pessoas acham que ela é parecida conosco”, ressalta Priscila.

Satisfação e estímulo

Em outro vídeo, o casal Francisco Eduardo e Maria Aparecida faz questão de destacar que são pais adotantes de crianças do Projeto Acolhendo Vidas e ainda estimula futuros papais adotantes.

“Somos uma família formada pelo ‘Acolhendo Vidas’ e gostaríamos de externar a nossa felicidade em participar do projeto e estimular cada vez que ele possa trazer mais alegria a mais famílias também. Obrigada projeto Acolhendo Vidas”, disse Maria Aparecida.
 
Importância

Para a desembargadora Joana dos Santos Meirelles, coordenadora da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas (COIJ/TJAM), “adotar uma criança é entender que o amor transcende os laços sanguíneos e se fortalece no coração”.
Ela destaca a importância do ‘Dia Nacional da Adoção’ para chamar a atenção da sociedade à reflexão sobre o ato, principalmente sobre as adoções mais necessárias, relativas a crianças maiores de cinco anos; crianças e adolescentes com deficiência física ou mental e grupos de irmãos.

“O ideal é manter a criança ou o adolescente com sua família de origem, porém, quando se esgotam todas as possibilidades para essa convivência, faz-se necessário encontrar uma família que substitua a biológica. Esse processo é feito por sentença judicial após sério estudo psicossocial que envolve a família de origem; a família substituta devidamente cadastrados no Sistema Nacional de Adoção e a criança ou adolescente”, frisa a magistrada.

Produção

A série de relatos disponibilizada no canal do TJAM no YouTube a partir desta quarta-feira foi produzida com imagens de Chico Batata e Raphael Alves e edição de Leonardo Leão, todos integrantes da Assessoria de Comunicação do Tribunal.


#PraTodosVerem – a arte que ilustra a matéria mostra o desenho de um casal segurando uma criança no colo e, ao lado dele, está escrita a frase “adotar é amor”.




Paulo André Nunes

Arte: CNJ

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