Comarca de Manaquiri tem ações de conscientização sobre o combate à violência cometida contra crianças e adolescentes

Portal O Judiciário Redação

Entre as ações, palestras levadas a alunos da rede municipal de ensino tiveram a participação da juiza Roseane Valle.


Manaquiri3 AmareloA Comarca de Manaquiri (a 65 quilômetros de Manaus) realizou, no último dia 22 de maio, em parceria com a Rede de Proteção à Criança e Adolescente local, a campanha “Faça Bonito”, de conscientização contra a violência cometida a essas faixas etárias. A ação de orientação ocorreu na Escola Municipal Domingos Vasques e se deu por meio de palestras da juíza titular da comarca, magistrada Roseane Valle, de representantes do Ministério Público do Estado (MPE/AM) e servidores do Judiciário local.

Em maio, a coordenadora da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas (Coij/TJAM), desembargadora Joana dos Santos Meirelles, orientou aos juízes das comarcas do interior para que desenvolvessem ações ou atividades específicas ao longo daquele mês, denominado “Maio Laranja”, visando a alertar as comunidades que a violência, o abuso e a exploração sexual de meninas e meninos e de adolescentes devem ser combatidos com a denúncia.

Em um relato emocionado, a juíza Roseane Valle comentou sobre o que representou, para ela, palestrar sobre o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes e, ao mesmo tempo, ter constatado a felicidade e o sonho deles.

“Tive a oportunidade de palestrar sobre a importância da proteção, da denúncia e do acolhimento das crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais. Por outro lado, uma das coisas que chamou muito a minha atenção, foi ver a felicidade delas na escola, o sonho em seus corações de ‘terminarem os estudos’ mesmo diante de tantas adversidades. Muitas estão com as casas submersas, não existe mais terra, chão para pisarem, só conseguem sair de canoa mesmo”, relatou a magistrada, referindo-se ao período de cheia dos rios. 

A juíza Roseane enfatizou que a comida da escola, muitas vezes, é a única do dia para algumas das crianças. “Ou seja, falta a elas o básico, mas elas estão lá, sorrindo, brincando, estudando e sonhando com um futuro melhor, sonhando em ser ‘doutores’.

A juíza relatou o diálogo que teve com uma das crianças: “Uma delas me perguntou: ‘A senhora é rica?’ Eu, assustada e desconcertada com a indagação, respondi – o que é ser rica para você?. Ela falou: – quero ser doutora. E disse: ‘A maior riqueza já está dentro de você, o seu sonho, a sua esperança, a sua atitude em estudar. O ‘doutora’ é apenas um título, uma consequência’. Sorrindo, ela falou: ‘vou ser doutora!’. E eu complementei: ‘você vai ser o que você quiser, o céu é o limite!'”. 

A magistrada disse que o pequeno diálogo com a menina a emocionou e, na base da reflexão, a fez perceber “o quanto somos capazes de sonhar e realizar e que as circunstâncias não definem o que somos ou seremos; elas fazem parte do nosso presente e são essas mesmas circunstâncias que nos farão crescer, crescer muito porque tudo, absolutamente tudo, começa primeiro internamente e quando esse fenômeno acontece, o lado de fora é só um reflexo da luz do lado de dentro.”


#PraTodosVerem – a foto que ilustra a matéria mostra a juíza Roseane ministrando palestra para uma numerosa plateia de estudantes, durante as atividades da ação de conscientização para o combate à violência e exploração sexual praticadas contra crianças e adolescentes.




Paulo André Nunes

Fotos: acervo da comarca

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