Comissão aprova fortalecimento de políticas de gestão de risco agrícola

A Comissão de agricultura, pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei para fortalecer as ferramentas de gestão de risco agrícola destinadas a agricultores familiares e pequenos produtores rurais. O objetivo é otimizar os recursos públicos, evitar a sobreposição de políticas e garantir suporte financeiro durante calamidades.

Para isso, o Executivo deverá aumentar o orçamento, melhorar a capacitação técnica e estimular o desenvolvimento tecnológico de diversos programas federais, entre eles:

  • Seguro para agricultura familiar, vinculado ao programa Pronaf;
  • Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro);
  • Programa Garantia-safra; e
  • Fundo de Catástrofes (Lei Complementar 137/10).

O governo poderá simplificar os procedimentos de inscrição e verificação de perdas, aumentar os limites de cobertura, priorizar recursos orçamentários para as regiões mais vulneráveis ​​e formar parcerias para apoiar a implementação da lei.

A medida também cria o Sistema Integrado de Gestão de Risco Climático para a agricultura familiar. Além disso, prevê o fornecimento de plataforma digital para que os produtores enviem solicitações, acompanhem processos e recebam notificações.

NOVO texto
O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Leo Prates (PDT-BA), ao Projeto de Lei 952/25, do deputado Marx Beltrão (PP-AL). A versão original estabelecia NOVO seguro emergencial para micro e pequenos produtores rurais, mas o relator optou por reformular o texto e, em vez de criar NOVO instrumento de incentivo, fortalecer políticas públicas já existentes.

“Esse redirecionamento evita a criação de mais um programa federal com estruturas próprias e custos administrativos adicionais, e potencializa o que já está implementado, sem prejuízo à proteção dos pequenos produtores dos impactos climáticos”, justificou Prates.

Próximos passos
A proposta que tramita em caráter conclusivo será analisada pelas comissões de Finanças e tributação, e de Constituição e justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto deve ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

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