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Cármen Lúcia reforça o papel da democracia para a conquista da igualdade

Vívian Oliveira
Vívian Oliveira
Conferência TSE (Foto: Reprodução/TSE)
Da assessoria do TSE

A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Cármen Lúcia participou, nesta segunda-feira (7), da abertura da conferência “Sob o Olhar Delas”, evento organizado pela corretora XP para debater temas determinantes para o país, sob a perspectiva de mulheres que são referências em diversas áreas de atuação. A ministra apresentou a palestra “Desafios da democracia e o papel do Poder Judiciário”.

Durante o evento, que segue até dia 11, a ministra Cármem Lúcia falou sobre a participação das mulheres na política, o papel da democracia, o contexto político atual com a guerra entre Rússia e Ucrânia, a pandemia da covid-19, entre outros temas.

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Cármen Lúcia destacou que vivemos momentos de muitas dificuldades, entre elas, muita fome. “Num país das dimensões do Brasil isso é injustificável. O único espaço possível para garantir um futuro para as atuais crianças, para adultos e idosos é a democracia. É nela que se consegue construir liberdades,  no plural, e libertação de condições históricas que não tenham assegurado a dignidade humana a todos. A democracia garante o movimento para chegarmos à igualdade”, reforçou.

Mulheres

Sobre a participação das mulheres na política e o Dia Internacional da Mulher, data celebrada nesta terça-feira (8), a ministra lembrou que as mulheres foram silenciadas e que hoje se fala como se elas fossem uma unidade.

“Mas não somos. Sofremos, fomos vítimas de preconceito, de discriminação. Já a mulher pobre, que não teve direito ao estudo, sofre ainda mais, pois não tem nem o mínimo existencial, não consegue se defender. Deixa o filho com febre e não tem sequer o dinheiro do remédio. O preconceito contra ela é muito maior. A mulher negra, pobre, sem instrução sofre muito mais, o que faz com que lutemos ainda mais por um estado democrático e, mais que isso, por uma sociedade democrática”, ressaltou.

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Em relação à pandemia da covid-19, Cármen Lúcia ressaltou que, no início, em 2020, ouviu muitos dizendo que estávamos no mesmo barco e que ela fazia questão de corrigir: “estávamos todos na mesma tempestade, mas em barcos diferentes”.

“Somos dependentes uns dos outros. Na pandemia vimos isso. Quem não queria usar máscara, alegava que tinha esse direito. Mas isso não é ser livre. Vivemos em sociedade. Não se justifica uma prática que pode levar ao sofrimento do outro”, defendeu.

Desafios

Segundo ela, é preciso dar provimento de todas as fomes da humanidade. “Porque vivemos num mundo de poucas saídas, de muitas incertezas, de muitas inseguranças. Estamos no momento da humanidade de muitos machucados, de muitos sofrimentos. Fomos contaminados por um vírus sanitário e agora estamos contaminados pelo vírus da violência. Quantas guerras há no mundo, quantas crianças estão sendo mortas, quantas mulheres estão sendo silenciadas?  Nossa convivência democrática, com respeito, com dignidade, com a gente e com outro, é o que pode nos dar uma resposta precisa sobre isso”, disse.

Quando perguntada sobre a divulgação de informações falsas nas eleições, a ministra ressaltou que o combate à desinformação é um dos maiores desafios da humanidade nesse momento. No entanto, enfatizou que a censura é proibida no Brasil e que ninguém cogita um cerceamento da manifestação livre das pessoas.

“Mas é preciso separar o que é manifestação da liberdade de expressão do que é crime”, disse Cármen Lúcia, ao finalizar lembrando que, para ajudar no combate à essas práticas, o TSE tem trabalhado junto com as plataformas digitais para desenvolver melhores soluções.

Participaram do debate: Júnia Gama e Sol Azcune, analistas de política da XP; Rachel de Sá, chefe de Economia da Rico; e Débora Santos, analista de economia da XP.

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