Ministra Assusete Magalhães encerra participação nos colegiados do STJ com homenagem da Primeira Seção

O Judiciário
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Como já havia ocorrido na Corte Especial e na Segunda Turma, a ministra Assusete Magalhães foi homenageada pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quarta-feira (13), na última sessão colegiada com sua presença antes da aposentadoria, marcada para 15 de janeiro, três dias antes de completar 75 anos – idade limite para o exercício do cargo.

A sessão foi acompanhada por autoridades, servidores do gabinete e pela família da ministra.​​​​​​​​​

Ministra Assusete Magalhães participa de sua última sessão colegiada no tribunal e recebe homenagens dos colegas da Primeira Seção. | Foto: Rafael Luz/STJ

Em nome da Primeira Seção, o ministro Herman Benjamin exaltou as qualidades da ministra, citando a firme convicção em realizar a justiça, o exercício humilde de seu conhecimento jurídico e a integridade. “De Vossa Excelência levaremos não apenas a memória, mas também o legado”, afirmou.

Elogios semelhantes vieram dos demais colegas da seção, a exemplo do ministro Mauro Campbell Marques, para quem a trajetória da ministra “forjou e demonstrou a força da mulher na Justiça brasileira”; e do ministro Benedito Gonçalves, que classificou a magistrada como “competente, serena, mas firme”.

De pé, o ministro Sérgio Kukina comentou que ser acompanhado pela ministra Assusete em uma votação sempre foi um “fator de legitimação” nos julgamentos. Atenta ao lado pessoal, a ministra Regina Helena Costa classificou-a como “a melhor colega de todos os seus colegas”.

Também prestaram homenagens os ministros Gurgel de Faria, Paulo Sérgio Domingues e Afrânio Vilela.

Ministra reservada, técnica e destituída de arrogâncias

Em nome da advocacia, o advogado Décio Freire tentou sintetizar em uma frase: “Assusete Magalhães, no exercício da magistratura, é compenetrada e reservada, mas, ao mesmo tempo, é agradável e disponível. É técnica e profunda em suas análises e, ao mesmo tempo, simples e destituída de arrogâncias”.

Representando a seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o advogado Alberto Medeiros citou a “trajetória impecável” da ministra no STJ e alguns precedentes importantes relatados por ela, a exemplo do Tema Repetitivo 962.

A subprocuradora-geral da República Darcy Santana Vitobello lembrou que, antes de ingressar na magistratura, Assusete Magalhães chegou a integrar o Ministério Público Federal por cerca de dois anos. Vitobello ressaltou as dificuldades de mulheres como Assusete conciliarem a carreira na magistratura com a vida pessoal. “Esperamos que, no futuro, cheguem mais mulheres para integrar o tribunal”, disse.

Nova escolha também seria pelo caminho da magistratura

Assusete Magalhães agradeceu as homenagens, classificou como “privilégio” ter integrado o STJ e lembrou o papel dos servidores de seu gabinete durante sua atuação no tribunal

“Na magistratura, me realizei plenamente, mesmo trilhando, como trilham todos os juízes, um caminho solitário, árduo e espinhoso. Mas, se pudesse escolher novamente há 39 anos, faria a mesma escolha”, finalizou.

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