Na segunda-feira (28), acontecerá a primeira palestra do ano para os reeducandos encaminhados ao projeto.
A retomada das atividades presenciais do “Projeto Reeducar”, coordenado pela titular da 11.ª Vara Criminal da capital, juíza de Direito Eulinelete Tribuzy, vem sendo marcada por reuniões com instituições parceiras, visando ao alinhamento das ações. Na manhã de quarta-feira (23) a equipe do projeto se reuniu com representantes do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e definiu a realização do “Curso de Repositor de Mercadorias”, a ser realizado em abril. Instalado desde novembro de 2021 em novo espaço de recepção dos reeducandos (partes em processos que tramitam nas Varas Criminais da capital), o Projeto também já está com calendário anual de palestras definido e a primeira delas acontecerá no próximo dia 28 de março, a partir das 9h, no auditório do Fórum de Justiça Euza Maria Naice de Vasconcellos, no bairro de São Francisco, zona Sul de Manaus.
Para a juíza Eulinete Tribuzy, a retomada das atividade é um momento de comprovação do fortalecimento das ações do projeto. “Apesar da pandemia de covid-19 e de todo este período de grandes restrições impostas por ela, o Reeducar persiste, com a força e o dinamismo que o próprio projeto tem apresentado em sua grande escalada”, disse a magistrada. Ela avalia que o projeto apresenta o Poder judiciário amazonense não somente como direcionador da Lei e tem um poderoso alcance social. “O reeducando envolvido em processos oriundos das Varas Criminais é direcionado para o projeto na busca da inclusão social. A estatística do ‘Reeducar’ comprova que o investimento do Tribunal de Justiça traz bons frutos. Aqueles que recebem a liberdade provisória são encaminhados e não se envolvem mais no crime, pois encontram no ‘Reeducar’ orientação e oportunidade de estudo, de cursos profissionalizantes, trabalho honesto sem voltar a infringir a lei”, disse a juíza coordenadora.
Ela ressaltou a importância dos parceiros que balizam e apoiam a estrutura do projeto. “É de grande importância essa visão empreendedora dos magistrados, como o presidente, desembargador Chalub e do desembargador Délcio Santos, fazendo uma Justiça dinâmica e presente. Além disso, a parceria de mais de uma década, da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, na pessoa do defensor publico dr. Miguel Tinoco, que apesar da pandemia manteve um cuidado especial com o projeto. O “Reeducar” é composto de comissão multidisciplinar (sociopsicopedagógico) que objetiva trabalhar o reeducando conferindo cidadania a ele e subtraindo-o do ambiente marginal”, afirmou Tribuzy.
O projeto tem como parceiros: Senai, Cetam, Setrab, Delegacia-Geral, Sebrae, a Secretaria do Trabalho (Setrab); advogados parceiros; Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi); Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo (IIACM); Coordenadoria do Narcóticos Anônimos; Coordenadoria do Comitê Alcoólicos Anônimos – distrito 11.º; Coordenadoria da Comissão de Informação ao Público do Grupo Alcoólicos Anônimos do Amazonas; Central Integrada de Acompanhamento de Alternativas Penais (Ciapa); Departamento de Reintegração Social e Capacitação da Secretaria de Administração Penitenciária; Superintendência Regional do Trabalho; Secretaria de Estado de Educação e Desporto; Diretoria Regional do Senac; Consultoria em Audiência de Custódia do Programa Fazendo Justiça/CNJ; Diretoria da Escola de Administração Penitenciária do Estado do Amazonas.
#PraTodosVerem – a foto que ilustra a matéria mostra a reunião entre os representantes do Projeto Reeducar e do Cetam para o alinhamento de ações em parceria.
Sandra Bezerra
Foto: Raphael Alves / 23/03/2022
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