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Réu é condenado a 26 anos de prisão por esfaquear companheira

Vívian Oliveira
Vívian Oliveira
Mizael foi preso ainda com as mão sujas de sangue (Foto: Raphael Alves/TJAM)
Da Redação

MANAUS – A Justiça de Manaus julgou e condenou na última quinta-feira (19), Mizael Augusto Rodrigues de Paula, a 26 anos e três meses de prisão pelo assassinado de sua companheira, Aila Maria da Silva Tavares.

O crime ocorreu no dia 27 de maio de 2021, por volta das 15h, numa residência localizada na Rua do Contorno Norte, bairro Armando Mendes, zona Norte de Manaus. O processo foi julgado menos de um ano depois do crime.

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A sessão foi presidida pela juíza da 2.ª Vara, Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo. A promotora de justiça Márcia Cristina de Lima Oliveira atuou pelo MPE/AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) e teve como assistente de acusação, o defensor público Lucas Fernandes Matos. O advogado de defesa do réu foi Wilsomar de Deus Ferreira.

Mizael Augusto foi denunciado e pronunciado pelo crime de homicídio qualificado (motivo fútil, uso de meio cruel e feminicídio). Interrogado, o réu contou detalhes do crime e confessou o delito.

A defesa sustentou a absolvição pela clemência. Sustentou ainda o reconhecimento das causas de diminuição de pena sob a alegação de ser o réu semi-imputável e de ter cometido o crime sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. Por fim, requereu a retirada das qualificadoras do motivo fútil e do meio cruel, bem como o afastamento da causa de aumento de pena.

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Mizael também foi condenado a pagar R$ 60 mil aos filhos da vítima a título de compensação por danos morais, corrigido monetariamente pela média do INPC e IGP-DI e juros de mora de 1% desde à data do feminicídio.

O crime

Segundo Ministério Público, Mizael Augusto esfaqueou sua companheira Aila Maria da Silva Tavares, na cabeça, braços, mãos e tórax e causou-lhe a morte. O casal estava em processo de separação, mas Mizael não concordava com a decisão de Aila e sentia muitos ciúmes.

No dia do crime, o réu e a vítima tiveram uma briga porque viu o ex-companheiro ingerindo bebidas alcoólicas, fato que não era admitido por ela por causa do histórico do acusado de beber por vários dias seguidos.

Aliado a isso, o acusado resolveu tomar satisfação com a vítima, que havia saído na noite anterior, sem dar-lhe satisfação. A discussão se agravou, o acusado pegou a faca e matou a vítima na frente dos três filhos dela.

Assim que cometeu o crime, Mizael deixou o local, mas foi preso ainda com as mão sujas de sangue.

Da sentença proferida ao final do julgamento ainda cabe apelação.

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