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TV Justiça e TSE lançam documentário sobre 90 anos do voto feminino

O Judiciário
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Mais de 77 milhões de brasileiras devem votar nas Eleições 2022, programadas para 2 de outubro. Mas, nem sempre as mulheres tiveram o direito de escolher seus representantes no Brasil. O voto feminino só foi instituído há 90 anos, após o Código Eleitoral de 1932.

A data de 24 de fevereiro daquele ano entrou para a história do Brasil como o dia em que mulheres de todo o país passaram a ter o direito ao voto. E é para contar essa história que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a TV Justiça se uniram para realizar o documentário “90 anos do Voto Feminino”, que estreia neste domingo, às 22h no YouTube da TV Justiça.

A conquista foi reflexo da luta de um grupo de mulheres que, inspiradas em outras ativistas espalhadas pelo mundo, foram em busca da garantia de participação nas eleições e na democracia.

Antes disso, uma brasileira já tinha feito história ao ser a primeira eleitora registrada no país: Celina Guimarães, do Rio Grande do Norte. Graças a mulheres como ela, o voto passou a ser uma possibilidade para as outras mulheres em todo o País. O documentário mostra a evolução desse ato tão importante ao longo do tempo e o que o voto feminino representou e representa na conquista de direitos das mulheres.

Parceria

Segundo Giselly Siqueira, secretária de Comunicação e Multimídia do TSE, a TV Justiça é parceira da Justiça Eleitoral (JE) há muitos anos. “Ela tem sido fundamental nesses 90 anos, transmitindo, por exemplo, os julgamentos ao vivo desde 2014. Mas, essa foi a primeira vez que produzimos juntos. Unir esforços é sempre importante para informar melhor a população”, destaca.

Ela conta que a ideia surgiu a partir de uma conversa com a Coordenação de TV e Rádio do Supremo Tribunal Federal (STF) para a construção de novos conteúdos, uma vez que a JE comemora, neste ano, essa data histórica: 90 anos da JE e do voto feminino.

Participação das mulheres na política

A primeira eleição com a participação feminina no Brasil foi realizada em 1933. Dos 1.041 concorrentes, apenas 19 eram mulheres. Mesmo assim, a médica Carlota Pereira de Queirós conseguiu ser eleita, pelo Estado de São Paulo, como a primeira deputada federal no país.

Embora desde 2008 as brasileiras sejam maioria no universo de quase 150 milhões de eleitores do país, elas são apenas 15% na Câmara dos Deputados e 12% no Senado Federal. Segundo a Câmara dos Deputados, 900 municípios não tiveram sequer uma vereadora eleita nas eleições de 2020.

Em julho de 2021, o Brasil ocupava a posição de número 140 no que se refere à participação política feminina, em ranking que contempla 192 países pesquisados pela União Interparlamentar. O País está atrás de todas as nações da América Latina, com exceção do Paraguai e do Haiti.

Anote para não perder a estreia do documentário: 27/3, às 22h.
Reapresentações: 28/3, às 21h; 30/3, às 19h; 31/3, às 20h30; 1º/4, às 22h30; 2/4 às 10h; 3/4, às 22h; 4/4, às 21h; 6/4, às 19h; 7/4, às 20h30; 8/4, às 22h30; 9/4, às 10h.

Fonte: TV Justiça

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