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Hospital Federal da Lagoa tem problemas de gestão, avalia TCU

Vívian Oliveira
Vívian Oliveira
Hospital Federal da Lagoa (Foto: Reprodução/Portal DGH)
Da Agência TCU

O TCU (Tribunal de Contas da União) fez auditoria operacional para avaliar a eficiência e identificar possíveis desperdícios na prestação de serviços pelo HFL (Hospital Federal da Lagoa), vinculado ao Ministério da Saúde e situado na cidade do Rio de Janeiro.

Entre as principais constatações, que comprometem a entrega de benefícios à população, estão falta de servidores, inexistência de incentivos à produção, impedimento do uso de leitos, ausência de gestão da alta de pacientes, desaproveitamento de salas cirúrgicas, elevada taxa de cancelamento de cirurgias e distanciamento do hospital em relação às enfermidades locais mais comuns.

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O Tribunal verificou que a falta de enfermeiros impacta gravemente a eficiência do HFL, acarretando o desperdício das suas instalações.

Em relação à ausência de gestão da alta de pacientes, a auditoria sugeriu que o HFL institua uma política de gerenciamento da alta segura de pacientes em progresso de recuperação, que poderiam ser transferidos para unidades hospitalares da rede de atenção primária ou mesmo liberados para os seus municípios de origem.

Já a elevada taxa de cancelamento de cirurgias, por volta de 18%, é bastante superior à média referencial, de 8%.

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O trabalho constatou uma falha do HFL na organização do agendamento, que costuma ocorrer muito próximo da data do procedimento, o que dificulta o deslocamento do paciente ou mesmo o seu contato.

Em função disso, o não comparecimento do paciente é o principal motivo para o cancelamento de cirurgias.

Mas a falta de equipamentos também atua como redutor do número de cirurgias que o HFL é capaz de fazer.

Ao final de 2021, das 12 salas cirúrgicas, cinco não podiam ser utilizadas por não haver bisturis elétricos.

Quanto ao distanciamento do hospital em relação às enfermidades locais mais comuns, o TCU constatou que o HFL é disperso na oferta de serviços, pois reúne um número diversificado de especialidades que nem sempre são do interesse de quem reside na sua zona de influência.

Assim, as vagas não são preenchidas por falta de pacientes, enquanto há alta procura de determinadas especialidades, com filas de espera para atendimento.

O Tribunal fez recomendações ao Ministério da Saúde, em especial à Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e à Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde.

A unidade técnica do TCU responsável pela fiscalização foi a SecexSaúde. O relator do processo é o ministro Vital do Rêgo.

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