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Para a primeira presidente, TRF6 enfrentará paradoxo do mundo pós-pandemia

Redação O Judiciário

Eleita pelos seus pares a primeira presidente do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), a desembargadora Mônica Sifuentes declarou que a nova corte terá o desafio – reflexo da realidade do Judiciário neste momento pós-pandemia da Covid-19 – de conciliar “um modelo de justiça ágil, consistente, efetiva e cada vez mais virtualizada” com a necessidade de proporcionar um atendimento humanizado ao cidadão, e também aos magistrados e servidores.​​​​​​​​​

A desembargadora federal Mônica Sifuentes foi eleita para presidir o novo tribunal. | Foto: Guilherme Costa / TVTrade\portal

A magistrada disse que “o mundo pós-pandemia é um mundo diferente de tudo o que já vivemos”. Para ela, a inovação tecnológica, impulsionada nesse período, “trouxe maior agilidade aos processos da Justiça Federal, e também menores custos para a administração pública”, mas “nunca o setor de psicologia dos tribunais atendeu a tantos pacientes”.

Ela comentou que, durante as viagens que fez pelo país na condição de corregedora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), pôde acompanhar de perto as mudanças trazidas ao Judiciário pela pandemia – estacionamentos e corredores quase vazios, efeito do teletrabalho, que reduziu drasticamente a presença de magistrados, servidores e das próprias partes nas instalações físicas da Justiça Federal.

Caminhando entre a tecnologia e o sentimento

“O nosso maior desafio será, portanto, trilhar o caminho do meio, que fica entre o mundo exterior, cada vez mais materialista e tecnológico, e o nosso mundo interior, que é o caminho do sentimento e do coração, da atenção com o jurisdicionado e dos que necessitarem da Justiça”, resumiu a desembargadora.

Mônica Sifuentes lembrou que a ideia de um tribunal moderno, que utilize com segurança e eficácia as novas ferramentas tecnológicas, está na concepção do TRF6. Os resultados – afirmou – falarão por si, traduzindo os esforços de todos os envolvidos no processo.

“Nós, os juízes federais que servimos em Minas Gerais, assumiremos o compromisso de criar um tribunal que traga não apenas um serviço judicial de qualidade, mas, sobretudo, que restabeleça na população mineira e brasileira a esperança e a fé na Justiça”, afirmou.

Valorização do trabalho da mulher

A desembargadora declarou ter plena consciência do significado de uma mulher ser a primeira presidente da nova corte, em um contexto social de avanços na paridade entre gêneros.

“Gostaria que não apenas todas as juízas, promotoras, procuradoras, advogadas, servidoras e profissionais do direito se sentissem aqui representadas. Gostaria que também se sentissem representadas todas as mulheres, mães como eu, ou não, que ainda hoje lutam por um espaço de valorização do seu trabalho e de respeito igualitário pelo ser humano, qualquer que seja o seu gênero, a sua opção sexual ou política, a sua raça, cor, credo ou crença”, afirmou a presidente do TRF6.

Por fim, Mônica Sifuentes agradeceu às autoridades que tornaram possível a criação do tribunal, como o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, e o seu antecessor, o mineiro João Otávio de Noronha, e os apoiadores da proposta no Poder Legislativo – como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco – e no Executivo, como o presidente Jair Bolsonaro e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

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