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Websimpósio promovido pelo TCE-AM discutiu reflexos da pandemia da Covid-19 no desenvolvimento sustentável

Portal O Judiciário Redação

O Websimpósio realizado pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), “Desafios da Sustentabilidade Pós-Pandemia: Reflexos na Agenda Global dos ODS”, ocorrido na manhã de hoje (5), debateu os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e quais os reflexos da pandemia causada pelo novo coronavírus.
O evento contou com debatedores nacionais e internacionais, que, de acordo com suas diferentes especialidades, puderam acrescentar para um debate de significativo aprendizado para os jurisdicionados e a sociedade civil.

Com temáticas de relevância mundial, os palestrantes traçaram paralelos com a realidade vivida na Amazônia, destacando a importância do desenvolvimento sustentável aliado à preservação de nossa floresta.

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Transmitido de forma inédita pela Corte de Contas em português, inglês, espanhol e libras, o Websimpósio alcançou alta audiência em todas as redes sociais.

Pautas ambientais

Foram abordadas diversas pautas ambientais, como por exemplo, o direito constitucional aplicado em uma cidade sustentável; a perspectiva das lições a serem tiradas da crise ambiental causada pela pandemia; o fomento da inovação e industrialização sustentável; as mudanças nos ODS que devem ser feitas após a pandemia; auditorias internacionais feitas acerca dos objetivos do desenvolvimento sustentável; a interferência das queimadas e do desmatamento na vida terrestre; água e saneamento; a problemática da caça furtiva; economia verde; papel das entidades fiscalizadoras do meio ambiente; entre outras.

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Responsável pela abertura do evento, o presidente do TCE-AM, conselheiro Mario de Mello, destacou o incansável trabalho da Corte de Contas em, juntamente com demais órgãos do estado, garantir o desenvolvimento sustentável.

“Pecaríamos por omissão se nada fizéssemos. Assumimos o protagonismo que nos cabe. O Tribunal de Contas do Amazonas, consciente do seu papel, tomou a iniciativa de realizar este simpósio com o intuito de contribuir para a discussão no âmbito das perspectivas do pacto global-2030, um projeto que reúne metas que convergem para o bem-estar da sociedade” afirmou o presidente do TCE-AM, Mario de Mello.

Para a diretora de Projeto da Força Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas (GFC), Colleen Scanlan Lyons, a pandemia provocada pela Covid-19 deve prejudicar o combate ao desmatamento, provocando uma necessidade ainda maior da organização de discussões e projetos acerca do tema.

“Agora temos um novo normal, e devemos parar e pensar, com a crise, nas formas de ação. Devemos pensar em conjunto, já que todos dependem das florestas para as mudanças climáticas, não só aqueles que vivem nelas. O desmatamento está aumentando muito. A maioria dos estados está sem orçamento para a Semmas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade), que foi direcionado para o combate a Covid”, afirmou a Dra. Colleen Lyons.

O crítico momento na saúde, ocasionando em um prejuízo maior no combate ao desmatamento, criou a necessidade do debate e discussões acerca dos objetivos do desenvolvimento sustentável, motivo maior para a promoção do Websimpósio pelo TCE-AM.

O consultor técnico sênior (GIZ), Tassilo Von Droste, destacou o princípio da universalidade e união como necessários para o  enfrentamento da pandemia para, ao final, reestabelecer um desenvolvimento sustentável. Para ele, a crise sanitária mundial pode gerar uma reflexão em questões sociais que nos levem a atender melhor minorias que não são ouvidas.

“O desenvolvimento sustentável continua sendo o mesmo desafio é o mesmo que antes. Precisamos sair de uma lógica de ganhos de curto prazo à custa das gerações futuras. A pandemia destaca que não há conquista se deixarmos pessoas vulneráveis para trás” afirmou o Tassilo Von Droste.

Corregedor da Corte de Contas e figura notória nas causas ambientais do estado, o conselheiro Júlio Pinheiro frisou o quão pode ser benéfico para o debate a participação de figuras mundialmente conhecidas por causas ambientais.

“Os 17 ODS, só serão minimamente implantados, se as Instituições Superiores de Controle, especialmente os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário, as Universidades, os Governos e a sociedade em geral, se engajarem fortemente para cumprimento e disseminação desses objetivos. Hoje, aqui, vários especialistas e atores diretos que representam essas instituições”, destacou o conselheiro Júlio Pinheiro.

O senador do Amazonas e ex-ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, contribuiu para as discussões, relatando exemplos no estado do Amazonas. “Falar do meio ambiente é falar de seres humanos. Ser amigável com o meio ambiente é, acima de tudo, ser amigável com o próximo” afirmou o senador.

Ao final das apresentações de todos os participantes, o conselheiro Júlio Pinheiro mediou um debate, acerca de tudo que foi discutido, entre os reitores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cleinaldo Costa, e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sylvio Puga. Os reitores puderam consultar os especialistas do evento e tirar dúvidas acerca das apresentações.

Texto: Lucas Silva

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